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Greenpeace não está satisfeito com as metas climáticas estipuladas pela China até 2035. Órgão reforça que os objetivos sustentáveis ficam abaixo do esperado

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 25/09/2025 às 13:58
As novas metas climáticas da China para 2035 dividem opiniões: enquanto o governo prevê corte de emissões e mais energia limpa, o Greenpeace alerta que os compromissos ainda estão aquém dos desafios globais. Fonte: IA
As novas metas climáticas da China para 2035 dividem opiniões: enquanto o governo prevê corte de emissões e mais energia limpa, o Greenpeace alerta que os compromissos ainda estão aquém dos desafios globais. Fonte: IA
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As novas metas climáticas da China para 2035 dividem opiniões: enquanto o governo prevê corte de emissões e mais energia limpa, o Greenpeace alerta que os compromissos ainda estão aquém dos desafios globais.

Durante a cúpula do clima realizada paralelamente à Assembleia Geral da ONU, o presidente Xi Jinping anunciou as novas metas climáticas da China para 2035. Entre as promessas, estão a redução das emissões de gases de efeito estufa entre 7% e 10% em relação ao pico já atingido e a garantia de que a energia não fóssil representará mais de 30% do consumo total.

Entretanto, o anúncio foi recebido com reservas por organizações ambientais. Para o Greenpeace, as medidas “ficam aquém” dos esforços necessários para manter o planeta dentro de limites seguros. Ainda assim, a entidade reconhece avanços concretos na transição energética do país.

Greenpeace vê sinais positivos, mas cobra ambição maior

Segundo Yao Zhe, conselheira de políticas globais da Greenpeace East Asia, o ritmo acelerado de investimentos em eólica e solar pode levar a resultados mais expressivos do que os prometidos oficialmente. “A meta para 2035 oferece poucas garantias de manter o planeta seguro, mas o esperançoso é que a descarbonização real da economia chinesa provavelmente exceda o que está no papel”, afirmou.

A ONG destacou que a expansão das renováveis e o protagonismo da China em soluções para transições energéticas internacionais já criam uma base sólida para, futuramente, reforçar os compromissos climáticos.

Renováveis crescem e mudam a matriz energética chinesa

Os números recentes apontam para uma transformação estrutural no setor energético. Entre 2015 e 2023, a participação de combustíveis fósseis no consumo final recuou 1,7%, enquanto a demanda elétrica subiu 65%. Apenas na primeira metade de 2025, a capacidade eólica avançou 16% e a solar 43%. No acumulado de 12 meses até junho, a produção somada dessas fontes superou, pela primeira vez, a energia hídrica, nuclear e de biomassa.

Esse avanço, segundo a organização Ember, pode inclinar a balança do mercado global e acelerar o declínio estrutural do consumo de carvão, petróleo e gás.

Apesar do progresso, especialistas afirmam que somente avanços empresariais e tecnológicos não serão suficientes. É necessário que Pequim adote metas mais firmes e revisões rápidas, sem esperar longos prazos. O Greenpeace defende que ajustes imediatos são fundamentais, já que “esperar outros cinco anos será demasiado tarde”.

Antes mesmo das novas metas, o país havia assumido compromissos de alcançar o pico das emissões de CO₂ até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2060. Agora, o desafio é transformar a expansão acelerada das renováveis em políticas climáticas que estejam à altura da dimensão da crise global.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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