Estudo da Eletronuclear teria indicado Itacuruba como potencial localidade para a construção de novas usinas nucleares, mas o governo do estado de Pernambuco diz desconhecer o assunto
Durante um evento acontecido na semana passada no Rio de Janeiro, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Barros, declarou que o PNE 2050 (Plano Nacional de Energia) deve mesmo indicar a construção de novas usinas nucleares no Brasil.
O governo do Estado de Pernambuco não gostou do assunto, inclusive declarou que a Constituição Estadual, através do Artigo 216, veda a instalação de usinas nucleares em todo o território pernambucano.
O Click Petróleo e Gás já havia publicado a intenção do novo governo de construir oito centrais nucleares, além de finalizar as obras de Angra 3, paralisadas desde 2015, e que estudo de possíveis locais estariam sendo feitos.
O estudo feito pela Eletronuclear aponta para a possibilidade de construção de uma usina nuclear em Itacuruba, em Pernambuco, às margens do rio São Francisco.
O PNE 2050
Segundo a Eletronuclear, o potencial da cidade do sertão pernambucano, é de construir até 6,6 mil Megawatts (MW) de usinas nucleares, sendo necessário um investimento de no mínimo R$ 30 bilhões.
O fato foi imediatamente respondido pela secretaria de Desenvolvimento Econômico do governo pernambucano, que diz, além de desconhecer o assunto, defende um estudo mais criterioso do PNE 2050 que está em elaboração pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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Segundo o Secretário, uma avaliação mais criteriosa pelos órgão responsáveis, encontrará, com certeza uma forma de como o Estado pode contribuir para o desenvolvimento energético do país”.
O Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) já previa a construção de quatro a oito usinas nucleares e conforme o ocorrido acima está sendo confirmado pelo PNE 2050, a ser publicado em breve.
Atualmente as usinas nucleares de Angra 1 e 2 que compõem a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) em Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro, estão operacionais e respondem por 1,1% da matriz energética brasileira e Angra 3 faria essa fatia subir para 1,2%.
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