Ativa no mercado brasileiro de gás natural, a Golar Power está de olho na interiorização do BioGNL e abre a maior Chamada Pública para comprar 5 milhões de m³/dia de biometano
A Golar Power, uma das empresas mais ativas no processo de abertura do mercado brasileiro de gás natural, lança uma chamada pública inédita para comprar 5 milhões de metros cúbicos diários (m3 /dia) de biometano – a maior contratação do tipo no país. O interesse vem logo após o presidente da companhia, Eduardo Antonello, ter virado alvo de investigações da Lava-Jato por suspeitas de corrupção na época em que ele atuava na Seadrill.
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A companhia afirma que se bem-sucedido, o projeto de contratação de biogás pode mais que triplicar a produção de biometano no Brasil. A chamada inédita do tipo, no país, faz parte do projeto da Golar para distribuição do gás liquefeito de biometano (BioGNL) em pequena escala por rodovias e cabotagem, via iso-contêineres.
O Gás Natural Liquefeito (GNL) adquirido atualmente pela Golar Power vem através dos terminais de importação de GNL, por meio de via terrestre da Argentina. Com a chamada de biometano, haverá a possibilidade de se produzir o BioGNL, que poderá ser utilizado no mercado automotivo e também na indústria e comércio.
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Os potenciais fornecedores da Golar seriam as indústrias de cana-de-açúcar no Sudeste e de proteína animal no Sul, além de aterros sanitários. A chamada pode ser um sinal de segurança para investidores interessados na produção de biometano em larga escala. Já, os possíveis consumidores do BioGNL estão a agroindústria e o mercado de cerâmica, intensivo em uso de energia.
O lançamento oficial do edital será divulgado em um webinar na manhã deste dia (01), às 10h30h, e contará com a participação do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e com participação da BR Distribuidora e da Alliance GNLog. Aos interessados, as inscrições podem ser feitas neste link.
Projetos da Golar Power no Brasil
Atualmente a Golar Power se encontra em disputa pelo arrendamento do terminal de GNL da Petrobras na Bahia. A estatal, contudo, informou que está revendo a análise de integridade da Golar e a participação da empresa na licitação pode ser suspensa.
Além da disputa pelo terminal de GNL da Petrobras na Bahia, a companhia negocia uma parceria com a BR Distribuidora para comercializar GNL no varejo. O acordo prevê que a BR compre até 50% da Golar Distribuidora, mas, após a divulgação das investigações da operação Laca-Jato, a Petrobras encaminhou questionamento à BR, onde é acionista, sobre a potencial sociedade.
A Golar Power é um dos principais atores do mercado de GNL no Brasil. Em parceria com a EBrasil, por meio da Celse, a companhia inaugurou este ano o primeiro terminal de regaseificação privado do país, no Sergipe, num projeto integrado a uma termelétrica. A empresa tem planos para mais três terminais do tipo no país, na Baía de Babitonga (SC), Barcarena (PA) e no Porto de Suape (PE).