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Descoberta gigantesca jazida de mineral raro promete abastecer os reatores do mundo e fornecer energia por impressionante 20 milhões de anos

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 07/06/2025 às 18:49
Atualizado em 10/06/2025 às 13:23
Gigantesca jazida de mineral raro descoberta na Finlândia promete abastecer os reatores do mundo e fornecer energia por impressionante 20 milhões de anos
Gigantesca jazida de mineral raro descoberta na Finlândia promete abastecer os reatores do mundo e fornecer energia por impressionante 20 milhões de anos
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Energia nuclear do futuro? Jazida de tório recém-identificada na Finlândia promete abastecer reatores globais por até 20 milhões de anos.

Imagine um único mineral capaz de revolucionar o futuro da energia nuclear mundial e garantir combustível para milhões de anos. Parece exagero? Pois foi justamente isso que uma equipe de geólogos revelou no norte da Finlândia: uma nova jazida de tório tão grande que poderia abastecer os reatores nucleares do planeta por impressionantes 20 milhões de anos.

A descoberta foi divulgada pelo site Eco News, versão em inglês da publicação espanhola ECOticias, e está movimentando o setor de energia e mineração em todo o mundo. Mas será que estamos mesmo diante de um novo capítulo na história da energia nuclear? Vamos entender.

Tório: um combustível alternativo com enorme potencial

O tório é um elemento radioativo que vem sendo estudado há décadas como uma alternativa ao urânio na geração de energia nuclear. Além de ser mais abundante na crosta terrestre, o tório apresenta vantagens significativas: ele gera menos resíduos radioativos, não produz plutônio (um subproduto indesejado em reatores convencionais) e oferece um risco bem menor de acidentes nucleares.

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De acordo com um relatório da World Nuclear Association, o uso de reatores de tório também reduz as chances de proliferação de armas nucleares, um dos grandes temores da comunidade internacional.

Apesar desse potencial todo, a adoção em larga escala ainda enfrenta desafios técnicos e econômicos. Grande parte da infraestrutura atual é baseada em reatores projetados para urânio, o que exigiria investimentos bilionários para conversão e modernização.

Uma jazida promissora no coração da Escandinávia

A nova reserva foi encontrada na região de Peräpohja, no norte da Finlândia, uma área já conhecida por sua forte vocação para a mineração. Os estudos foram conduzidos por uma equipe local de geólogos, que vinha analisando formações rochosas da região.

Ainda que a quantidade exata de tório na jazida esteja em processo de avaliação, as primeiras estimativas sugerem que estamos diante de uma das maiores reservas já identificadas no mundo. Isso coloca a Finlândia em uma posição estratégica no mapa global da energia nuclear.

A infraestrutura avançada de mineração do país, considerada uma das mais modernas da Europa, deve facilitar não apenas a extração, mas também o processamento desse valioso combustível.

Um trunfo para a transição energética

A descoberta acontece em um momento crítico para o setor de energia global. Com a pressão crescente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis, a busca por fontes alternativas e mais limpas está acelerada.

O tório, nesse contexto, pode se tornar um aliado estratégico. Segundo o professor Tapio Lampinen, do Instituto Finlandês de Tecnologia Nuclear, “essa reserva tem potencial para transformar a matriz energética europeia e oferecer um caminho mais seguro e sustentável para o futuro da energia nuclear”.

Além disso, a diversificação do suprimento de combustível nuclear é fundamental, já que hoje a produção global de urânio está concentrada em poucos países, aumentando riscos geopolíticos e de mercado. A nova jazida finlandesa pode ajudar a equilibrar esse cenário.

Obstáculos ainda precisam ser superados

Apesar do entusiasmo, especialistas alertam que ainda há um longo caminho até que o tório seja adotado em escala comercial. A maior parte dos reatores nucleares do mundo foi construída para operar com urânio, e adaptar essa infraestrutura seria um processo caro e demorado.

Outro ponto importante são as regulamentações. Em muitos países, o uso do tório como combustível nuclear ainda não possui um marco legal consolidado. Como explica a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), “embora o tório seja uma tecnologia promissora, seu desenvolvimento depende de políticas públicas robustas e de cooperação internacional”.

Mesmo assim, o governo finlandês já sinalizou interesse em avançar com pesquisas e projetos-piloto. A expectativa é que, nos próximos anos, novas tecnologias e parcerias possam acelerar essa transição.

O futuro da energia nuclear passa pelo norte da Europa?

Se a exploração da jazida finlandesa for viabilizada e os entraves tecnológicos superados, o impacto no setor de energia nuclear será gigantesco. O tório tem potencial não apenas para complementar, mas para substituir o urânio em diversas aplicações, tornando a matriz energética mais limpa e segura.

Além disso, essa descoberta reforça o papel da mineração como setor estratégico na transição energética global. O desenvolvimento de tecnologias capazes de utilizar de forma eficiente novos minerais e combustíveis será essencial para atender à crescente demanda por energia sustentável.

Enquanto isso, os olhos do mundo se voltam para a Finlândia. O pequeno país escandinavo pode ter dado um passo enorme rumo ao futuro da energia.

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Claudio Lomba
Claudio Lomba
13/06/2025 00:45

E pensar que na decada de 1950 o Brasil tinha um grupo de cientistas pesquisando o torio como combustivel de reatores nucleares : era o famoso “Grupo do Torio”, que foi torpedeado por politicos imbecis ( e militares idem ), alem de pressoes externas.

Abalen Abirached
Abalen Abirached
12/06/2025 22:17

Grande parte da população mundial ainda está na pobreza e um dos gargalos para tirar toda essa gente dessa situação é a produção de energia elétrica, por isso notícias como essa é uma luz no fim do túnel, pois havendo energia mais fábricas podem ser implantadas, mais mão de obra pode ser empregada e muita gente vai melhorar de vida… Como as fontes hídricas estão se esgotando está na hora de investir no tório ou em usinas de fusão nuclear…

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas militar, segurança, indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato com flaviacamil@gmail.com para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não enviar currículo.

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