A Ford anunciou o fechamento da fábrica da Bahia em janeiro e, com isso, terá de pagar indenização ao governo baiano pelo recebimento de incentivos fiscais
A Ford terá de pagar uma indenização de aproximadamente R$ 2,5 bilhões ao governo do estado da Bahia, após fechar a fábrica de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. A montadora recebeu incentivos fiscais desde o início de suas operações no Estado, em 2001. O acerto deve ser divulgado nos próximos dias. Veja ainda: Ford Motor “torrou” 61 bilhões de reais ao decidir fechar fábricas, interromper produção de veículos e largar o Brasil
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Possibilidade da Ford manter espaço na Bahia
De acordo com a CNN, existe a possibilidade da Ford manter uma ala da fábrica na Bahia para produzir peças para o mercado de reposição, mas o projeto ainda não foi confirmado. A Ford ainda disse a emissora que tem recebido vários contatos de interessados em adquirir as instalações da fábrica, mas nada conclusivo.
A Ford anunciou, em janeiro, o fechamento das fábricas da Bahia e de Taubaté, no estado de São Paulo, alegando que operavam com prejuízo havia anos. Em 2019, o grupo já havia fechado a unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que produzia caminhões e o modelo Fiesta.
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Indenização aos trabalhadores
A Ford já fechou acordos de indenização, com cerca de 5 mil trabalhadores de Camaçari e Taubaté, após entendimento os sindicatos de metalúrgicos locais. Cada um deles recebeu no mínimo R$ 130 mil, além de direitos normais de rescisão de contratos. Atualmente, a fábrica de Taubaté passa por processos de desligamento e desmontagem de equipamentos, com menos de 60 funcionários.
Após quase um ano de negociações lideradas pelo governador de São Paulo, João Doria, que queria outra montadora para o lugar da Ford, a fábrica do ABC foi adquirida por um grupo da área imobiliária que está transformando o local em um grande centro logístico.
Veja ainda: Multinacional Ford anuncia investimentos de 30 bilhões de dólares em carros elétricos até 2025
A Ford anunciou que vai investir US$ 30 bilhões em carros elétricos até 2025. A montadora também prometeu que 40% de seus carros vendidos até 2030 serão elétricos. A Ford havia anunciado, anteriormente, planos de gastar US$ 22 bilhões em esforços de eletrificação e, recentemente, revelou planos para construir duas novas fábricas de baterias em uma joint venture com a fabricante de baterias coreana SK Innovation.
A Ford disse que está comprometida em capturar e ultrapassar seus rivais à medida que a indústria se adapta aos carros elétricos. Jim Farley, CEO da Ford, diz que a ambição da empresa é liderar a revolução elétrica. O CEO foi questionado sobre a meta da GM de ser totalmente elétrico até 2035, e se a Ford tem uma data-alvo semelhante, Farley foi um pouco desdenhoso da promessa de seu rival, o que a CEO da GM, Mary Barra, descreveu como uma “aspiração” para a empresa.
Jim ainda ressaltou que a Ford será capaz de capturar uma parcela de mercado igual ou melhor à medida que muda para carros elétricos. Até agora, 70% dos compradores do Mustang Mach-E vieram de outras montadoras para a Ford, de acordo com Lisa Drake, chefe de operações da unidade norte-americana da Ford.