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Ford irá demitir 3.800 pessoas em seu plano de corte de gastos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 14/02/2023 às 17:51
Atualizado em 15/02/2023 às 14:34
Ford, picape, fábrica
Foto: Reprodução pinterest

O corte será feito na Europa e focará nos setores de engenharia e administração

Nesta terça-feira (14), a Ford fez anunciou seu planejamento de corte de gastos, no qual irá demitir 3.800 funcionários administrativos e de desenvolvimento de produtos na Europa nos próximos três anos. Segundo a empresa, o motivo seria a necessidade de uma estrutura menor, o que vai exigir um corte de gastos nas áreas de economia e administração.

As informações divulgadas pela Reuters no final de janeiro evidenciam uma controvérsia: sindicatos associados à Ford disseram que, em um pior cenário, no máximo 3.200 funcionários seriam demitidos. Em comunicado, a montadora afirmou que os cortes de gastos foram necessários para “revitalizar os negócios na Europa”.

O chefe europeu de veículos elétricos de passageiros (EV) e chefe da Ford Alemanha, Martin Sander, explicou: “Há muito menos trabalho a ser feito nos sistemas de transmissão que saem dos motores de combustão. Estamos entrando em um mundo com menos plataformas globais, onde menos trabalho de engenharia é necessário. É por isso que temos que fazer os ajustes.”

Estratégia de eletrificação da Ford também motivou a demissão

De acordo com o Olhar Digital, Martin Sander afirmou que a estratégia da Ford continua sendo a sua eletrificação, e que os cortes de gastos seguem essa linha. A fabricação cada vez maior de carros elétricos dispensa muitos empregos. A ideia é que a Europa tenha uma frota totalmente elétrica funcionando até 2035, então espera-se que ainda aconteçam outras grandes demissões.

“Estamos preparando nossa organização para competir e vencer em uma região que enfrenta ventos econômicos e geopolíticos sem precedentes”, concluiu o chefe europeu de veículos elétricos.

Outras grandes demissões feitas pela Ford nos últimos anos

A Ford já realizou outras demissões em massa no continente europeu. Tanto em 2019 quanto 2020, a montadora utilizou essa estratégia visando uma margem operacional de 6% na região. Entretanto, essa meta foi desviada pela pandemia da covid-19.

Mas, apesar das demissões, a fábrica de automóveis esclareceu que ainda vai manter cerca de 3.400 engenheiros na Europa, responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia básica adaptada para os clientes europeus.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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