Firjan planeja disponibilizar gás natural, que seria reinjetado nos poços, às indústrias com o objetivo de transformar o Rio de Janeiro em um hub petroquímico.
Sendo o maior produtor de gás natural no Brasil, o Rio de Janeiro pode contornar a situação de dependência do Brasil no setor petroquímico, transformando o estado em um hub petroquímico e de fertilizantes, de acordo com o estudo “Petroquímica: atração de investimentos para o Rio de Janeiro” da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Lançado nesta terça-feira (25), às 15h), na sede da Firjan, o estudo da evidência ao potencial de desenvolvimento da indústria petroquímica e de fertilizantes do Rio de Janeiro, a partir do uso do gás natural como insumo. Além disso, a entidade destaca que o estado fluminense também é um hub que atrai investimentos para a nova fronteira energética mundial, o hidrogênio, com vários projetos já em andamento e com potencial integração com o gás natural.
Vice-presidente da Firjan fala sobre atração de novos investimentos
Segundo Luiz Césio Caetano, vice-presidente da Firjan, para que as indústrias sejam atraídas e se instalem no Rio de Janeiro, além de haver disponibilidade de matéria-prima, que o estado já possui, também é de suma importância o avanço em projetos de infraestrutura e logística.
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Ele ressalta que o potencial de investimentos em petroquímica no estado, a partir do gás natural, pode chegar a R$ 65 bilhões, como o esperado pela Firjan no último ano.
Indústrias no Rio de Janeiro podem produzir 932 mil toneladas de polietileno
Como protagonista da produção de gás brasileiro, proveniente do pré-sal, o Rio de Janeiro corresponde a toda a produção de etano no Brasil, derivado do refino de petróleo base da petroquímica brasileira. Para ampliar ainda mais a produção do derivado e transformar o estado em um hub petroquímico, a Firjan planeja que parte do gás reinjetado nos poços seja disponibilizado à indústria, o que poderia gerar 932 toneladas de polietileno, com base nos dados de 2022.
Essa produção potencial é equivalente a 1,14 vezes o total importado deste produto pelo Brasil em 2022, com base em um cenário de aproveitamento total retirada da parcela para o gás de rede consumido através de distribuição. Em torno de 18 bilhões de metros cúbicos de gás natural foram reinjetados nos campos de produção no Rio de Janeiro no último ano.
Caso este volume de gás fosse aproveitado, poderia abastecer, por exemplo, pelo menos duas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs) de capacidade parecida com a unidade de Cabiúnas, situada em Macaé.
Rio de Janeiro conta com potencial de 4 hubs petroquímicos
Por meio das UPGNs citadas acima, seria possível adquirir mais de 10 milhões de toneladas por ano de correntes de saída após o processamento do gás, distribuídas em 5,9 milhões de toneladas por ano de metano, 1,8 milhão de toneladas de propano anualmente, 1,3 milhão de toneladas de etano por ano, 796 mil toneladas de butano por ano e 362 mil toneladas de C5+ por ano.
Segundo Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, é importante mencionar que o Rio de Janeiro possui um potencial para 4 hubs integrados de gás natural, além da previsão de 5 unidades de geração de hidrogênio verde, que podem ser aplicadas no processo de geração de fertilizantes nitrogenados, como amônia e a ureia.