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Financiamento de energia solar: alta demanda para financiar a instalação de painéis solares ganha novas linhas de crédito

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/12/2021 às 21:34
Energia solar, energia, financiamento
Foto: reprodução google

Segundo dados, há linhas de financiamento de energia solar que começam com 0,89% ao mês e prazos de 12 anos para quitar o pagamento

Até outubro de 2021, o Brasil atingiu a marca de 800 mil unidades instaladas de energia solar. Além disso, somente neste ano, 450 mil novos painéis fotovoltaicos foram instalados para gerar energia limpa e sustentável no país. Com o aumento da demanda, houve também maior interesse em oportunidades de financiar a obtenção dessa energia renovável, que veio para ficar no mercado.

Segundo a Greener, empresa paulista que pesquisa o mercado fotovoltaico, o que tem fomentado a energia solar no Brasil são os financiamentos. Dos investimentos mais recentes em instalação fotovoltaica, 54% se deram através de linhas de créditos em instituições de capital.

Confira ainda:

A Greener informou, também, que 74% dos contratantes de linhas de crédito são micro e pequenos consumidores de energia solar. “Mas é preciso evoluir”, afirma Márcio Takata, diretor executivo da companhia de pesquisa. “As linhas precisam estar mais familiarizadas com a realidade para que mais gente, de todas as condições econômicas, tenham acesso ao sistema”.

Devido às altas recorrentes das tarifas de energia cobradas pelas concessionárias, empresários do setor garantem que a taxa paga pelos financiamentos para instalar a energia solar compensam.

A crise hídrica que assolou as usinas hidrelétricas nesse ano de 2021 fez com que o preço da energia elétrica acumulasse alta de 24,97% , segundo o último IPCA-15 (Índice de Preços do Consumidor Amplo), do IBGE.

Para Tiago Sarneski, da Entec Solar, empresa que desenvolve tecnologia para a geração de energia solar, os financiamentos duram, em média, cinco anos. “Depois desse período, o consumidor não tem mais nem os reajustes da conta de luz e nem os juros do financiamento”, informa ele.

Bancos que realizam financiamento para energia solar

Santander

O banco Santander informou, em reportagem, que a busca para trocar a energia convencional das concessionárias pelo financiamento para a instalação de energia solar cresceu 4x entre pessoas físicas este ano.

A instituição conta com parcelamento em até 96 vezes, taxas a partir de 0,89% ao mês e carência de 120 dias para o pagamento da primeira parcela. Além disso, afirma que, devido ao período de carência, as parcelas só começam a ser pagas após redução na conta de energia, visto que o intervalo é o necessário para a aprovação do projeto por parte das concessionárias.

Banco do Brasil

Com até 100% da aquisição e instalação financiadas, o parcelamento pode chegar a 60 meses e o contratante tem até 180 dias para pagar a primeira parcela. “O valor contratado varia entre R$ 5 mil e R$ 100 mil”, afirma o Banco do Brasil. “A contratação é 100% digital e pode ser feita no app do banco. A aquisição dos materiais e a montagem do projeto devem ocorrer com fornecedores que tenham convênio com o BB — já são mais de três mil parceiros contratados”.

Há também a opção de consórcio, sem IOF e sem taxa de adesão, que atingiu alta de 50,97% de adesão na primeira metade de 2021, se comparado ao mesmo período de 2020. Sobre os valores, o BB explicou que “Os percentuais de fundo reserva e taxa de administração praticados pelo consórcio, considerando grupos em formação, são a partir de 0,025% e 0,1% ao mês, respectivamente”.

Caixa Econômica Federal

A linha de financiamento da Caixa Econômica Federal para a instalação de energia solar conta com taxas a partir de 1,17% , com prazo de pagamento de 60 meses e 6 meses de carência para a primeira parcela. São duas modalidades de crédito: sem garantias ou com caução de aplicações financeiras de renda fixa.

O projeto de lei 5829/19, que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, é considerado por especialistas a principal influência para o crescimento do setor de energia solar. Estima-se que esse marco gere, até 2050, R$ 173 bilhões com a queda de custos aos consumidores.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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