A Eletrobrás mantém os planos de iniciar as obras em outubro do ano que vem, de forma que a usina entre em operação em 2026
A estruturação do financiamento das obras da usina nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis – RJ, deve avançar no início de 2021, afirmou na última quinta-feira (13/08) o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, durante entrevista coletiva para detalhar os resultados da companhia no segundo trimestre.
A Eletrobrás mantém os planos de iniciar as obras de concretagem e montagens em outubro do ano que vem, de forma que a usina entre em operação em 2026.
Segundo o executivo, as obras de Angra 3 seguirão duas frentes. Num primeiro momento, a Eletrobras implementará um “plano de aceleração do caminho crítico”, para deixar Angra 3 em condições de receber o “epecista” — empresa que finalizará a construção de obra por contrato de EPC (do inglês Engineering, Procurement and Construction).
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A perspectiva é publicar o edital do EPC em agosto de 2021, com início das obras do epecista em março de 2022. “A licitação de um epecista é a melhor saída, com maior retorno aos acionistas”, afirmou Ferreira Júnior
Para essa fase de preparação do terreno para as obras, Eletronuclear recebeu um adiantamento de 2,5 bilhões de reais para retomar as obras da usina nuclear Angra 3 em 2021.
Segundo esse planejamento, as obras de Angra 3 devem receber uma fatia considerável de investimentos. Até 2024, a usina ganhará recursos que somarão R$ 14 bilhões.
Confira o andamento das obras da usina nuclear
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Na entrevista, Wilson Ferreira Júnior afirmou ainda que a Eletronuclear passará a ser controlada por uma nova estatal a ser criada pelo governo, caso a capitalização da Eletrobras ocorra. Hoje, a empresa nuclear é 100% controlada pela Eletrobras. Segundo ele, a expectativa é que a iniciativa privada possa entrar no restante do capital da empresa de energia nuclear
No mês passado, o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou ao Ministério da Economia um adicional de R$ 4 bilhões no Orçamento de 2021 para a criação dessa nova estatal, que seria responsável pela gestão da participação brasileira em Itaipu Binacional, Eletronuclear e nos programas de governo para o setor elétrico caso a Eletrobras seja privatizada
Questionado sobre a financiabilidade de Angra 3, ele disse que o projeto está 70% executado e que é uma “obra simples de ser financiada”.