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Fiat, GM, Volkswagen, Renault e Toyota são afetadas pela crise de peças automotivas e Brasil passa pelo pior momento de desabastecimento de insumos, diz Fenabrave

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 08/10/2021 às 15:53
Atualizado em 24/10/2021 às 11:57
Fiat-GM-Volkswagen-Renault-e-Toyota- peças automotiva - fenabrave
Montadora anunciou a suspensão de contratos de 350 funcionários – Foto: Divulgação/GM

Fenabrave avalia que as montadoras foram gravemente afetadas com a falta de insumos. Fiat, GM, Volkswagen, Renault e Toyota precisam buscar alternativas para enfrentar a crise de peças automotivas no país    

A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), anunciou na última segunda-feira (4), que reduziu a previsão do aumento de vendas da indústria automotiva para 11,1% em 2021, somando em torno de 3,37 milhões de unidades. Em julho deste ano, a previsão da Fenabrave era de uma alta em torno de 13,6%, ou mais de 3,45 milhões de veículos, se comparado a 2020, enquanto a estimativa do mês de janeiro era de um aumento de 16,6%, ou 3,54 milhões de unidades. Essa redução anunciada se deu pelo fato de que peças automotivas muito importantes estão em falta nas principais montadoras, o que resulta na paralisação das atividades industriais ao longo de todo o ano de 2020 até o início de 2021, tendo como causa principal, a pandemia do novo coronavírus.  

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Grave crise no reabastecimento de peças automotivas gera incerteza em fabricantes

De acordo com Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, montadoras como Fiat, Toyota, Renault, GM e Volkswagen se deparam agora com um cenário de muitas incertezas, diante da maior crise de abastecimento de peças automotivas já vivida nos últimos tempos.

O baixo nível do estoque de componentes dentro de fábricas e montadoras geram também um pivô apontado para essa redução de cerca de 4,43% nas vendas no mês de setembro, se for comparado a agosto. Já em relação a setembro de 2020, a queda foi em torno de 14,37%. O total de veículos emplacados no fim de setembro de 2020 foi de apenas 281.054 unidades.

Alarico relata que somente nos primeiros meses de 2022 é que as montadoras terão mais clareza de observar as possibilidades de resolução deste grave problema. De acordo com a Fenabrave, no acumulado desde o início de janeiro deste ano, o emplacamento de veículos se mantém acima de 20%, porém segue sendo uma porcentagem abaixo do que era esperado.

Desafios no setor industrial para suprir demanda de peças automotivas

Com a falta de insumos, principalmente de modelos semicondutores, a indústria vem apontando esta situação como o maior desafio do ano para a recuperação do setor.

As maiores montadoras do mundo, que mantém algumas unidades no país, tais como a Fiat, GM, Volkswagen e Toyota, tiveram que recorrer ao interrompimento temporário da montagem de seus veículos, mediante a crise de desabastecimento das principais peças automotivas.

Indústria automotiva paralisada por falta de insumos

Em meados de agosto, a indústria automotiva do Brasil, informou que teve que deixar de fabricar cerca de 120 mil veículos logo no primeiro semestre de 2021, já pela falta de peças automotivas. Porém, a Fenabrave já havia alertado sobre o problema da falta de insumos, meses antes da crise se agravar.

No mês de março, a Fenabrave informou as montadoras e ao público em geral que a queda na produção de veículos poderia se estender a total suspensão de montagem de veículos no Brasil ao longo do ano, justamente pela falta de insumos e demais recursos.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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