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Ex-economista-chefe do FMI prevê queda mínima de 5% a 10% no dólar nos próximos anos e alerta para sistema multipolar

Publicado em 30/09/2025 às 08:47
Ex-economista do FMI, Kenneth Rogoff prevê queda do dólar, alerta para avanço das criptomoedas e defende um sistema financeiro multipolar.
Ex-economista do FMI, Kenneth Rogoff prevê queda do dólar, alerta para avanço das criptomoedas e defende um sistema financeiro multipolar.
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Kenneth Rogoff, professor em Harvard, vê enfraquecimento da moeda americana e aponta expansão do euro, moedas asiáticas e criptos como alternativas, pressão sobre a moeda americana.

O ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kenneth Rogoff, afirmou que o dólar deve registrar uma queda mínima de 5% a 10% nos próximos anos, colocando em xeque a dominância que a moeda exerce há décadas. As declarações foram feitas durante o evento Itaú BBA, em São Paulo, e chamaram a atenção do mercado internacional.

Segundo o InfoMoney, Rogoff destacou que, embora os Estados Unidos estejam na dianteira da inteligência artificial, isso não será suficiente para manter a moeda valorizada.

Para ele, o dólar está hoje bem acima de seu real poder de compra, o que reforça a tendência de desvalorização.

Política externa e efeitos no câmbio

Ainda de acordo com o InfoMoney, o economista atribuiu parte desse movimento às políticas adotadas pelo governo Donald Trump, que substituíram o soft power pela força econômica direta.

Na visão de Rogoff, a estratégia tem sido implementada de forma agressiva e acabou acelerando transformações que já vinham ocorrendo no sistema financeiro global.

Ele lembrou que o dólar foi colocado em um “pedestal” após a Segunda Guerra Mundial, mas que desde os anos 1970 perdeu espaço como moeda de reserva.

O avanço do euro, das moedas asiáticas e o crescimento das criptomoedas indicam um futuro mais multipolar, no qual os países não dependerão exclusivamente da moeda americana para conduzir negócios.

Criptomoedas e stablecoins em ascensão

Para Rogoff, um dos sinais mais claros desse novo cenário está no crescimento das criptomoedas e, principalmente, das stablecoins moedas digitais atreladas a ativos estáveis como o dólar.

Essas ferramentas já movimentariam mais de 20% da economia global, segundo estimativas citadas por ele, e podem substituir até mesmo os tradicionais cartões de débito e crédito.

O economista alerta, no entanto, que esse avanço traz riscos de fiscalização, já que a falta de auditoria efetiva pode abrir espaço para sonegação e fragilidades regulatórias.

Caminho para um sistema multipolar

Rogoff defende que países emergentes, como Brasil, Índia e China, aproveitem a oportunidade para fortalecer suas próprias plataformas digitais e reduzir a dependência do dólar.

A inteligência artificial, segundo ele, deve acelerar a diversificação das moedas no comércio internacional, dando mais relevância a diferentes polos econômicos.

Para especialistas, o alerta de Rogoff reforça uma mudança de longo prazo no sistema monetário mundial.

A questão central agora é se os Estados Unidos conseguirão adaptar sua estratégia econômica para preservar a influência do dólar ou se o mercado global caminhará de forma definitiva para um equilíbrio multipolar.

A previsão de Rogoff abre espaço para um intenso debate: o dólar continuará sendo o pilar da economia global ou dará lugar a uma rede de moedas e ativos digitais compartilhando protagonismo?

E você, acredita que a queda mínima de 5% a 10% no dólar vai realmente acontecer e mudar o equilíbrio mundial? Ou o mercado ainda depende demais da moeda americana? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive de perto os impactos dessa possível transformação.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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