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Visto americano: EUA revisarão 55 milhões de vistos e poderão cassá-los — entenda o que será analisado para essa decisão

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 22/08/2025 às 11:22
Governo Trump amplia revisão de mais de 55 milhões de vistos e adota critérios inéditos, como análise de redes sociais e suposto “antiamericanismo”.
Visto americano
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Governo Trump amplia revisão de mais de 55 milhões de vistos e adota critérios inéditos, como análise de redes sociais e suposto “antiamericanismo”.

O governo dos Estados Unidos anunciou que está analisando mais de 55 milhões de pessoas com vistos válidos. Em caso do Visto americano, a deportação poderá acontecer.

O objetivo é identificar possíveis violações que possam resultar em deportação. A medida marca uma repressão mais ampla contra estrangeiros autorizados a permanecer no país.

Revisão contínua e possibilidade de revogação imediata

Em resposta à Associated Press, o Departamento de Estado informou que todos os portadores de visto estão sujeitos a uma verificação contínua. O processo analisa se há indícios de inelegibilidade para entrar ou permanecer nos EUA.

Segundo o órgão, caso sejam constatadas violações de imigração, o visto será revogado de forma imediata. O estrangeiro poderá ser deportado mesmo que esteja apenas em visita turística.

Desde o início da gestão de Donald Trump, o foco tem sido ampliar deportações de imigrantes ilegais e endurecer as regras para estudantes e intercambistas.

Critérios de inelegibilidade do visto americano

O governo afirmou que procura indicadores claros de inelegibilidade.

Entre eles estão a permanência além do prazo autorizado, atividades criminosas, ameaças à segurança pública e qualquer envolvimento com terrorismo.

De acordo com o Departamento de Estado, todas as informações disponíveis podem ser consideradas, incluindo registros policiais e de imigração. Até mesmo informações obtidas após a emissão do visto poderão levar a uma revisão e cancelamento.

Restrições adicionais para emissão de vistos

O governo tem aumentado as restrições para concessão de vistos. Hoje, entrevistas presenciais são obrigatórias em praticamente todos os casos. A revisão atual representa uma ampliação significativa de medidas que antes estavam mais direcionadas a estudantes suspeitos de envolvimento em atividades consideradas “pró-palestinas” ou “anti-Israel”.

Agora, a análise inclui também o monitoramento de contas em redes sociais, registros policiais e possíveis violações das leis americanas durante a estadia.

Coleta de dados e exigências de privacidade

Segundo autoridades, novas ferramentas serão usadas para a coleta de dados de requerentes de visto, incluindo varreduras completas em perfis de mídia social.

Além disso, foi introduzida a exigência de que opções de privacidade em celulares, aplicativos e outros dispositivos sejam desativadas durante entrevistas consulares. Essa medida, segundo Washington, garante acesso total às informações dos solicitantes.

O Departamento de Estado afirmou que, desde a posse de Trump, o número de vistos revogados dobrou em relação ao ano anterior. No caso específico de estudantes, os cancelamentos foram quatro vezes maiores.

Impacto global e países fora da isenção

A maioria dos estrangeiros precisa de visto para entrar nos EUA, especialmente para estudar ou trabalhar. Apenas cidadãos de 40 países europeus e asiáticos, integrantes do Programa de Isenção de Visto, podem entrar sem visto por até três meses em viagens de turismo ou negócios.

Entretanto, países como Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia e a maior parte da África estão fora do programa. Seus cidadãos dependem obrigatoriamente da concessão de vistos para ingressar em território americano.

Números recentes de cancelamentos

No início desta semana, o Departamento de Estado revelou que, desde a volta de Trump à Casa Branca, mais de 6.000 vistos de estudante foram cancelados. As principais razões incluem permanência ilegal e violações de leis estaduais, locais e federais.

Grande parte dos casos está ligada a agressões, direção sob efeito de álcool ou drogas e apoio a terrorismo. Segundo o governo, cerca de 4.000 cancelamentos ocorreram por infrações reais da lei. Outros 200 a 300 vistos foram suspensos por conexões com terrorismo, como apoio a organizações designadas ou a Estados acusados de patrocinar terrorismo.

Novo critério: análise do “antiamericanismo”

Nesta semana, a Casa Branca também anunciou a inclusão do “antiamericanismo” como critério na análise de vistos.

De acordo com o anúncio, o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA será responsável por aplicar essa triagem. O critério valerá tanto para pedidos de turistas quanto para solicitações de benefícios a imigrantes já residentes.

O governo sustenta que a medida busca reforçar a proteção da segurança nacional e evitar a permanência de pessoas consideradas hostis aos valores americanos.

Assim, as mudanças representam uma intensificação significativa na política de vistos dos EUA. Para estrangeiros de países fora da isenção, a possibilidade de perder a permissão de entrada ou permanência tornou-se mais concreta diante da política de verificação contínua e dos novos critérios estabelecidos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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