Dispara o volume do etanol hidratado comercializado no Brasil pelas distribuidoras e a venda do biocombustível atingiu 1,5 bilhão de litros em abril
A comercialização do etanol hidratado pelas distribuidoras disparou no mês de abril e a venda do biocombustível atingiu 1,5 bilhão de litros, um aumento de 25,20% em relação ao mesmo mês de 2020 (1,2 bilhão de litros). Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
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A ANP informou, por meio de nota à imprensa, que esse foi o segundo maior volume mensal de vendas para meses de abril da série histórica iniciada no ano 2000, inferior apenas ao volume comercializado em abril de 2019 (1,8 bilhão de litros).
Se comparado a março (1,6 bilhão de litros), houve recuo de 2,58% no volume total de vendas do etanol em abril e elevação de 0,67% na média diária de vendas do biocombustível.
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Já no acumulado do primeiro quadrimestre de 2021, as vendas de etanol hidratado somaram 6,4 bilhões de litros. O volume representa um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, as importações de etanol (anidro e hidratado) totalizaram 18 milhões de litros em abril deste ano, o que representa uma queda de 87,52%, se comparado com o mês de abril do ano passado (144,4 milhões de litros).
Raízen vai ajudar o Brasil a expandir globalmente o etanol licenciando tecnologia de 2ª geração para outros países
Francis Queen, vice-presidente de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen, afirmou que a empresa pode licenciar a tecnologia de etanol de segunda geração, ou 2G, para outros países, “Precisamos ter mais países produtores, isso é essencial para o etanol ser uma commodity global”, disse ele no dia 25 de maio, durante o evento Fenasucro & Agrocana Trends.
No mesmo evento, estava presente o diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes. Mendes disse que o governo trabalha para expandir globalmente o etanol tanto na parte de políticas públicas, quanto com o setor privado. “É importante que outros governos entendam como o Brasil desenvolveu uma política pública de etanol, como é a regulação. Mas isso também não funciona sem o setor privado”, disse.
Para Pablo di Si, chefão da Volkswagen na América Latina, o momento atual é crítico para definir se o Brasil “será protagonista ou não” no etanol. “A tecnologia e a energia estão mudando muito rapidamente, e nós precisamos abraçar isso.” Ao ser perguntado sobre veículos elétricos movidos a etanol, ele disse que ainda é preciso haver mais pesquisa.
Etanol gera 90% menos emissões que a gasolina e é reconhecido internacionalmente por não representar risco às florestas nativas
Os carros com motores flex foram lançados no Brasil em março de 2003 e, desde então, a nova tecnologia, que permite o uso do combustível etanol, evitou no Brasil a emissão de mais de 566 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, informou a União da Indústria de Cana e Açúcar (Unica). O volume é equivalente às emissões anuais somadas nos países vizinhos: Argentina, Venezuela, Chile, Colômbia e Uruguai.
As informações tiveram como base a metodologia de aferição de padrão de emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos combustíveis, estabelecida pela Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio, e utilizou dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).