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Estaleiros do Brasil podem perder 50 mil empregos até o final de 2018 se nada for feito

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 27/03/2018 às 07:58
Atualizado em 26/03/2018 às 22:00

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empregos em estaleiros

O presidente da Sinaval Sergio Bacci diz que a situação dos estaleiros é mais grave do que se imagina e o número de empregos pode chagar a ZERO até 2019, entendam e assistam o vídeo

Já é tradição do Sinaval desde de 2002, quando o presidente Lula aplicou seu primeiro programa eleitoral no estaleiro de Angra dos Reis, onde ele se comprometeu com a retomada da industria naval brasileira. A partir daquele momento, a Sinaval entendeu que seria importante dialogar em todas as eleições presidenciais com os candidatos, afim de mostrar a importância da indústria e o que ela representa para geração de empregos e renda. Este ano, a instituição esta elaborando um documento para todos os candidatos em 2018, para mostrar o que foi feito de 2000 à 2014( foram construídos 594 embarcações) e o que aconteceu de 2014 à 2016. Sergio Bacci diz que o problema não foi o mal feito, até porque ele se puni, o problema foi “quebrar a empresa”. Ele tem a intenção de mostrar o que pode acontecer nesta indústria daqui para frente.

Estaleiros serão competitivos apenas daqui à 10 anos

O Brasil precisa voltar a ser competitivo, para isso os estaleiros do país precisa de uma demanda de construções estáveis de embarcações para que seja viável disputar mercado internacional e oferecer melhores preços aos demandantes, naturalmente isto se consegue apenas com aprendizado, investindo em tecnologia e mão de obra.

A Petrobras é essencial para este setor

A Petrobras tem uma papel importante neste setor simplesmente porque ela é a principal demandante de serviços navais no país. Não adianta acharmos que a Shell ou a Exxon irão construir no Brasil, até porque existe muita mão de obra barata no mundo a fora e como mesmos parâmetros de construção, este papel fica à cargo da Petrobras, principalmente por ela ser uma estatal. A falta de fundos de investimentos viáveis também é um fator que vem atrapalhando a alavancagem, como por exemplo o Fundo da Marinha Mercante e o Fundo garantidor, que por questões burocráticas e taxativas não estão sendo viáveis no momento, apesar da SETE Brasil estar com progresso em negociações com a Petrobras usando uma destas modalidades.

Situação atual dos estaleiros e perspectivas

Ao longo dos últimos 60 anos, esta indústria teve momentos muitos felizes. A partir dos anos 2000, iniciaram-se construções de embarcações da apoio marítimo também, gerado cerca de 82 mil empregos diretos e 320 mil indiretos na ramo naval no final de 2014, emfim, a indústria estava em pleno vapor. Hoje em dia até “hoje”, foram perdidos cerca de 52 mil empregos, e se nada ocorrer nos próximos meses ou até o final de 2019, teremos um número muito próximo a zero. Pessoas, instituições e sindicatos( sim é verdade) estão trabalhando para que isso não aconteça e que as obras sejam retomadas o mais rápido possível. Vejam o vídeo aqui.

 

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Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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