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Com data marcada para leilão milionário, estaleiro do Caneco é esperança da retomada do sucesso da indústria naval e geração de empregos

Escrito por Junior Aguiar
Publicado em 24/02/2022 às 16:46
Atualizado em 25/02/2022 às 09:53
Vista panorâmica do estaleiro Caneco, responsável por grandes obras da construção naval do Rio de Janeiro
Vista panorâmica do estaleiro Caneco. Fonte: Band News

Os bens do tradicional estaleiro do Caneco estão avaliados em R$ 371.030.547,62 e incluem imóveis, maquinários, guindastes e pontes rolantes. A esperança é de que a arrematação traga um novo tempo para o setor naval.

É grande a expectativa para o leilão do falido estaleiro do Caneco. O empreendimento com cerca de 150.000m² com prédios, galpões, oficinas, dique seco, carreira longitudinal, carreira lateral e quatro cais, localizado no bairro portuário do Caju, no Rio de Janeiro, será leiloada com um lance mínimo de R$ 192.360.000,00 no dia 15 de março de 2022 ao meio dia, trazendo consigo a esperança de que a indústria naval irá voltar aos bons tempos de geração de empregos.

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O leilão do estaleiro do Caneco foi autorizado pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O leiloeiro público Jonas Rymer é quem vai promover o leilão de forma online. Vencerá a disputa a empresa que oferecer a maior quantia.

Fundado em 1886, o estaleiro do Caneco passou a ser um dos principais do Brasil, sendo uma referência em geração de empregos, até que foi declarado falido no ano 2006. De lá pra cá, toda a indústria de construção naval mergulhava em decadência.

Alguns imóveis do Caneco estão ainda estão ocupados pelas empresas da indústria naval Intercan Terminais de Containeres e Logística e Rio Nave Serviços Navais LTDA.

No auge do setor, o empreendimento tinha capacidade de construir navios com até 2.500 toneladas. E a ponte rolante chegou a ter com a capacidade para levantar até 5.000 toneladas.

Pagamento de credores e passivos trabalhistas são a prioridade do arrendamento do estaleiro do Caneco

A Justiça do Rio de Janeiro estabeleceu que a prioridade do leilão do estaleiro do Caneco é viabilizar o pagamento dos credores, principalmente o passivo trabalhista.

“As ocupações resultaram de contratos de arrendamento, celebrados em épocas e circunstâncias diferentes, e já foram eles, com os seus respectivos efeitos, devidamente considerados e definidos pelo Juízo, em diversas decisões preclusas, inexistindo hoje qualquer aspecto pendente de solução, vale dizer, não há nenhuma pendência capaz de criar dúvida à higidez da alienação do ativo da Massa”.

Juíza Maria da Penha Nobre Mauro – 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro

Licitação do estaleiro Inhaúma também é a esperança da retomada da indústria naval brasileira e geração em empregos

Também está aberta a licitação do estaleiro de Inhaúma, até então administrado pela Petrobras e que também fica localizada na região portuária do Rio de Janeiro.

A estatal acredita que o estaleiro Inhaúma tenha um grande potencial para utilização de bases logísticas de empresas offshore. A área desse empreendimento corresponde a 321.612 m², com 6 berços para atracação de embarcações de grande porte, áreas de armazenagem de equipamentos, oficina e ainda 2 cais e 2 diques (um seco e um molhado).

As propostas das empresas interessadas em alugar o estaleiro de Inhaúma devem ser entregues até o dia 4 de março. No entanto, o que se fala é que a Petrobras deve estender esse prazo.

O estaleiro Inhaúma está inativo desde o ano de 2016, após os casos de escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e que foram revelados através da operação Lava Jato.

Portanto, estando os estaleiros do Caneco e Inhaúma de volta ao funcionamento, é certo que haverá uma forte retomada da economia brasileira em diversos setores, como contêineres e da própria indústria naval e entreposto de pesca, o que geraria empregos diretos.

Junior Aguiar

Jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco | Produtor de conteúdo web, analista, estrategista e entusiasta em comunicação.

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