Os debates acerca da importância do setor da mineração para a economia do mercado interno estadual e a geração de empregos na região foram os principais pontos destacados no Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso.
O 3.º Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso foi finalizado na última quinta-feira, (21/07), após três dias de eventos com representantes do setor da mineração de todo o Brasil, e reforçou a relevância do estado no ranking nacional dos estados mineradores. Isso, pois, o Mato Grosso se tornou referência nacional quanto à contribuição do extrativismo mineral para a economia do mercado interno e, principalmente, para a geração de empregos na região.
3.º Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso destaca relevância do extrativismo mineral para a economia do mercado interno e os empregos no estado
A mineração brasileira ainda está fortemente atrelada às questões de falta de segurança na regulamentação, impactos ambientais e desastres naturais, mas ainda é possível fazer mineração com responsabilidade e qualidade e o 3.º Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso destacou esses pontos nos últimos dias no estado do Mato Grosso.
O evento foi realizado entre os dias 19 e 21 de julho no município de Guarantã do Norte (750 ao norte da capital) e contou com grandes debates acerca da importância do setor para o mercado interno.
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Durante o evento, a executiva Dione Macedo, Coordenadora Geral Desenvolvimento Sustentável na Mineração do Ministério das Minas e Energia, destacou ser essencial mostrar que a sociedade não vive sem a mineração, tanto para os processos produtivos quanto para a geração de empregos, e reforçou que o estado do Mato Grosso vem fazendo isso com maestria.
O estado possui atualmente a mineração presente em 80, dos 141 municípios da região e sua maior movimentação é de ouro, calcário, água mineral e potável de mesa, granito, areia e estanho.
E, para a comprovação da relevância do setor na economia do mercado interno mato-grossense, somente durante o ano de 2021, a atividade mineral injetou na economia local mais 6,2 bilhões, colocando nos cofres públicos mais de R$ 150 milhões em impostos. Além disso, a contribuição do setor mineral para a região também transpassa o desenvolvimento socioeconômico, uma vez que os empreendimentos de exploração mineral atualmente contribuem com mais de 150 mil empregos diretos e indiretos somente no estado.
Debates acerca da necessidade de alterações na regulamentação do setor mineral no estado de Mato Grosso foram realizados durante o evento
Além de reforçar a posição de referência nacional quanto à contribuição da mineração para a economia e a geração de empregos no estado do Mato Grosso, o 3.º Seminário de Mineração do Norte de Mato Grosso também apontou alguns debates acerca dos investimentos necessários na região. Assim, o principal ponto debatido foi a modernização das leis do extrativismo, cujo código regulamentador foi publicado em 1967.
“Quem se beneficia com a falta de regulamentação legal são as pessoas que extraem de forma irregular. Principal desafio é que quem está lá fora, a sociedade, não entende o quanto cada um de vocês se dedica para fazer com o que empreendimento mineral seja legal. A visão que as pessoas têm são as matérias que aparecem no ‘Fantástico’, de extração ilegal na Amazônia”, observou o professor da UFMT, Caiubi Khun, que alertou a necessidade de alterações no código para garantir a segurança e o desenvolvimento com responsabilidade do setor.
Outros assuntos debatidos no evento englobaram a produção de agrominerais silicáticos, a corrida do potássio, mapeamentos geológicos, novas oportunidades na oferta pública de títulos minerários, convênios com órgãos federais, socioambientais ligados a regulamentação da pequena mineração e demais questões relevantes no setor mineral.