Programa prevê 150 projetos hidrelétricos, investimento de R$ 572 milhões em rede elétrica e geração de 20 mil empregos diretos e indiretos em Santa Catarina, movimentando também a indústria local com produção de turbinas e geradores.
Você sabia que o Santa Catarina tem um programa que visa destravar licenças e ampliar a infraestrutura elétrica com foco em pequenas centrais hidrelétricas?
Essa iniciativa, chamada Energia Boa, já mapeou 150 projetos e presta apoio direto a 48 empreendimentos em fase de obra ou de projeto.
O plano prevê investimento público de R$ 572 milhões em rede, com novas subestações e linhas de transmissão, e projeção de 20 mil empregos somando a construção das usinas e os postos gerados na indústria local.
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Programa Energia Boa acelera hidrelétricas em SC
Criado para reduzir etapas e agilizar análises, o Energia Boa prioriza a tramitação de documentos ambientais, outorgas e autorizações indispensáveis para PCHs e CGHs.
A coordenação cabe à Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, em parceria com órgãos como o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Celesc.
Com a integração das equipes, o governo busca diminuir o tempo entre a concepção do projeto e o início das obras, mantendo as exigências técnicas e ambientais.
Regiões com maior concentração de projetos
A maior concentração de propostas está em áreas com alta disponibilidade hídrica.
O Planalto Serrano reúne 65 projetos, enquanto o Grande Oeste soma 56.
Essa distribuição acompanha o potencial dos rios da região e favorece a geração distribuída, que conecta usinas de menor porte diretamente aos pontos de consumo, reduzindo perdas e ampliando a segurança do sistema.
R$ 572 milhões em subestações e linhas de transmissão
Para viabilizar a conexão das novas usinas, a Celesc executa um pacote de obras estimado em R$ 572 milhões.
O escopo inclui a construção de seis subestações e aproximadamente 225 quilômetros de linhas de transmissão, infraestrutura necessária para levar a energia gerada até consumidores residenciais e industriais.
Essas entregas criam capacidade para a entrada de novos empreendimentos e aliviam gargalos históricos em pontos da rede.
Indústria catarinense fortalece cadeia de equipamentos
Além dos canteiros de obras, o programa movimenta fabricantes locais.
Segundo o governador Jorginho Mello, “Santa Catarina produz todos os equipamentos necessários para construir uma PCH ou CGH. O que acaba trazendo uma grande movimentação também para o setor industrial catarinense.”
A cadeia abrange turbinas, geradores e componentes eletromecânicos, estimulando encomendas, empregos de alta qualificação e serviços de manutenção ao longo do ciclo de vida das usinas.
Previsão de 20 mil empregos diretos e indiretos
A projeção do governo estadual é de 20 mil vagas diretas e indiretas ao longo da fase de implantação dos projetos e na indústria fornecedora.
Enquanto isso, municípios do Planalto Serrano e do Oeste esperam incremento de arrecadação, novos negócios e melhoria na qualidade de fornecimento.
Essa condição é essencial para ampliar turnos industriais, atrair empresas e sustentar atividades como agroindústria e turismo.
Como funciona a redução da burocracia
Com o Energia Boa, pedidos de licença e autorizações passam a receber análise coordenada entre órgãos públicos.
A intenção é eliminar retrabalho, padronizar exigências e dar previsibilidade de prazos.
Empreendedores relatam que a priorização tem encurtado etapas críticas, permitindo avançar para contratação de obras e aquisição de equipamentos com menor risco de atraso.
Impactos no consumo e fornecimento de energia
A expansão de subestações e linhas de transmissão não beneficia apenas os novos geradores.
Ao diversificar a oferta e reduzir sobrecargas em trechos sensíveis, a rede tende a ficar mais estável, com menos interrupções e maior qualidade de tensão.
Em períodos de maior consumo, especialmente no inverno serrano, o reforço torna o sistema mais resiliente a oscilações e intempéries.
Licenciamento ambiental integra o processo
A participação do IMA é determinante para que a expansão avance com segurança ambiental.
O licenciamento para PCHs e CGHs exige estudos de impacto, definição de medidas mitigadoras e cumprimento de condicionantes.
O programa não elimina etapas regulatórias.
Ele organiza as filas, orienta os proponentes e prioriza projetos tecnicamente maduros, dentro das regras vigentes.
Perspectivas de crescimento do setor energético
Com os 150 projetos cadastrados, o pipeline de obras pode sustentar um ciclo de investimentos continuado.
A execução das seis subestações e das linhas de transmissão funciona como gatilho para a conexão das hidrelétricas à rede, etapa sem a qual a energia gerada não chega a casas e empresas.
À medida que os empreendimentos saem do papel, novos contratos de fornecimento e manutenção devem manter a indústria mobilizada.
Por que o estado aposta em pequenas centrais
A estratégia foca fontes renováveis com implantação relativamente rápida e menor área alagada quando comparadas a grandes usinas.
Em paralelo, a geração distribuída reduz perdas no transporte e aumenta a autonomia regional.
Ainda assim, cada projeto passa por avaliação técnica para assegurar viabilidade econômica e compatibilidade com o entorno, evitando sobreposição de impactos.
Monitoramento e governança do programa
O governo estadual mantém o acompanhamento das ações por meio das secretarias envolvidas e da própria Celesc.
Informações sobre obras de rede, licenças emitidas e evolução dos empreendimentos são atualizadas pelos órgãos responsáveis.
Essa governança busca dar transparência aos resultados, medir prazos e permitir correções de rota quando necessário.
Eu quero um emprego lá. Isso é seguir em frente
Com Marina Silva comandando o IBAMA eu duvido que ela deixe o desenvolvimento do Brasil avançar!