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Escassez de mão de obra na Marinha do Brasil: Milhares de vagas para Oficiais da Marinha, mas falta mão de obra qualificada

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 06/07/2024 às 20:40
Estudo revela uma escassez de mão de obra de até 4 mil oficiais da Marinha de cabotagem até 2030, comprometendo operações marítimas.
Foto: Freepik
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Estudo revela que o Brasil pode enfrentar um déficit de até 4 mil oficiais de Marinha de cabotagem até 2030, comprometendo operações marítimas. A escassez de mão de obra exige uma resposta urgente para garantir a formação e capacitação de novos profissionais no setor.

Nos próximos anos, o setor marítimo brasileiro enfrentará um desafio significativo: a crescente escassez de mão de obra de oficiais de Marinha especializados em navegação e cabotagem. Um estudo recente conduzido pela Fundação Vanzolini e pelo Centro de Inovação em Logística e Infraestrutura Portuária da USP, em colaboração com a ABAC e o SYNDARMA, revela projeções alarmantes. Até 2030, estima-se que o país poderá enfrentar um déficit de até 4 mil oficiais, comprometendo não apenas a operacionalidade das embarcações, mas também a segurança e eficiência das atividades marítimas.

Desafios e impactos da escassez de mão de obra

Segundo a pesquisa, a falta de mão de obra qualificada pode resultar em dificuldades operacionais significativas.

Com 96 projetos de navegação e cabotagem atualmente em fase de licenciamento ambiental junto ao IBAMA, espera-se um aumento na demanda por embarcações, especialmente aquelas destinadas ao apoio marítimo.

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Este cenário reforça a necessidade urgente de preparar novos profissionais para atender às demandas futuras do setor.

Preparação e formação dos Oficiais da Marinha

Para suprir o déficit projetado, a Marinha do Brasil precisa expandir sua capacidade de formação.

Atualmente, as Escolas de Formação de Oficiais de Marinha Mercante (EFOMM), como o CIAGA no Rio de Janeiro e o CIABA em Belém, são responsáveis pela preparação desses profissionais.

No entanto, o número de vagas oferecidas varia conforme as condições econômicas do setor, o que pode resultar em períodos de escassez durante fases de crescimento econômico.

Impacto econômico e estratégico

O professor João Ferreira Netto, coordenador do estudo, ressalta que a formação desses profissionais demanda tempo e especialização, com muitos graduados dedicando cerca de cinco anos para se especializar em operações específicas antes de ingressarem plenamente no mercado.

Esta lacuna entre a formação e a disponibilidade efetiva no mercado de trabalho pode exacerbar ainda mais os desafios enfrentados pelo setor marítimo brasileiro nos próximos anos.

Projeções e respostas estratégicas para a escassez de mão de obra na Marinha do Brasil

Além das entrevistas com armadores, oficiais da Marinha e representantes sindicais, o estudo também considerou os impactos potenciais dos projetos futuros, como a instalação de usinas eólicas offshore no Brasil.

Essas iniciativas não apenas aumentarão a demanda por transporte marítimo, mas também requererão um contingente robusto de oficiais capacitados para operar em águas brasileiras.

Diante dessas projeções alarmantes, é crucial que o Brasil intensifique seus esforços na formação e capacitação de novos oficiais da Marinha.

A colaboração entre instituições educacionais, setor privado e governo será fundamental para mitigar os impactos da escassez de mão de obra e garantir a sustentabilidade e eficiência das operações marítimas no país.

Fonte: PetroNotícias.

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Vidal
Vidal
12/07/2024 12:15

Se tivessem mais vagas, não misérias que abrem por ano, acho que teria muita gente interessada. Meu sonho desde pequeno é de ingressar na Marinha. Me formei em psicologia, mas até pra vaga de psicólogo é uma escassez.

Fernando
Fernando
10/07/2024 13:25

Papo ****, está faltando pelo salário que eles querem pagar. Querem novamente saturar o mercado para pagar o que eles determinarem. Os armadores sempre fazem essa chantagem quando o mercado nos fica favorável.

J Vieira
J Vieira
09/07/2024 04:59

Previsões alarmistas, baseadas em dados parciais, fornecidos por órgãos que têm interesse em saturar o mercado com profissionais recém formados, que aceitem qualquer salário.
Há milhares de profissionais experientes e com interesse em uma recolocação, porém estes não podem voltar a exercer a profissão devido às barreiras impostas (precisam embarcar ou fazer uma prova absurdamente difícil para retornar á profissão).
Diversos oficiais que concluíram sua formação em período de crise e não tiveram uma primeira oportunidade, hoje encontram-se desempregado por terem seus certificados invalidados ao não embarcar por mais de cinco anos.
Há sim profissionais disponíveis no mercado, milhares, porém o interesse é é em gerar novamente um desbalanço entre a oferta de vagas disponíveis e quantidade de recém formados, abrindo **** para o pagamento de qualquer gorjeta como remuneração.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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