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Enquanto o Governo Federal e o Ibama não liberam mais concessões à Petrobras em relação a Margem Equatorial, nossa vizinha Guiana, que explora mais de 600 mil barris de petróleo por dia, ganha mais um projeto de novo FPSO, firmado entre SBM Offshore e ExxonMobil 

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 16/10/2023 às 21:58
Atualizado em 17/10/2023 às 09:29
Eficiência energética: um olhar sobre os processos de otimização no setor de petróleo e gás
Créditos: iStock

Enquanto o Brasil se mostrou indeciso quanto a exploração de petróleo na Margem Equatorial, Guiana está indo “de vento em popa” com novo projeto FPSO 

Em meio a uma teimosia aparente por parte da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Ibama, o Brasil assiste à perda de oportunidades bilionárias ao não explorar a Margem Equatorial, situada na costa do Amapá. Enquanto a Petrobras enfrenta obstáculos para obter autorizações, a vizinha Guiana serve como exemplo, explorando mais de 600 mil barris de petróleo por dia e almejando ainda mais.

Recentemente, segundo o PetroNotícias, a empresa holandesa SBM Offshore anunciou que conquistou um contrato para realizar a Engenharia e Design Front End (FEED) de um novo navio-plataforma (FPSO) para a ExxonMobil. O FPSO será implantado no campo de Whiptail, localizado na costa da Guiana, e será o sexto projeto de desenvolvimento de petróleo em águas profundas da ExxonMobil no chamado bloco Stabroek.

Contrato da SBM Offshore com a ExxonMobil: explorando riquezas na Guiana

A embarcação está sendo projetada para produzir cerca de 250 mil barris de petróleo por dia, além de ter a capacidade associada de tratamento de gás de 15 milhões de metros cúbicos por dia e uma capacidade de injeção de água de 300 mil barris por dia.

A falta de ação e a aparente resistência em relação à exploração de petróleo e gás no Brasil, especialmente na Margem Equatorial, representa uma perda significativa de oportunidades econômicas para o país. Enquanto na Guiana, a ExxonMobil e empresas como a SBM Offshore buscam novas maneiras de aproveitar os recursos naturais, o Brasil hesita.

Segunda fase do contrato: desenvolvimento futuro

A SBM Offshore está pronta para a próxima fase do contrato assim que o projeto do FPSO receber as aprovações governamentais na Guiana e a ExxonMobil tome sua decisão final de investimento. A empresa começará a construção do navio e, de acordo com os termos contratuais, a propriedade do FPSO será transferida para a ExxonMobil ao final da fase de construção, antes do início das operações na Guiana.

A SBM Offshore usará seu programa Fast4Ward® líder do setor para projetar e construir o FPSO. A empresa utilizará o casco Multi-Purpose Floater, sua sétima nova construção, combinado com vários módulos topsides padronizados. Ancorado em lâmina d’água de cerca de 1.630 metros, o FPSO terá a capacidade de armazenar aproximadamente 2 milhões de barris de petróleo bruto.

Oportunidades na Guiana

A Guiana está aproveitando as oportunidades em suas águas profundas, atraindo investimentos significativos e promovendo o desenvolvimento econômico. Com tecnologia de ponta e parcerias estratégicas, países vizinhos estão moldando o futuro da exploração de petróleo na região, enquanto o Brasil vê tudo acontecer.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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