EUA e Europa enfrentam dificuldades para contatar novos funcionários. Brasileiros emigrantes relatam que há vagas de sobra
Apesar do desemprego no pais, brasileiros que moram na Europa e nos EUA afirmam um cenário totalmente diferente, onde ainda sobram vagas de emprego no mercado de trabalho. No Brasil o número de pessoas em situação de desemprego já chegam a 14,4 milhões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos países da Europa a taxa de desemprego está baixa, enquanto no Brasil a taxa é de 14,1%, Portugal possui apenas 4,3% e a Espanha (4,3%). Nos EUA, o desemprego que era de 7,8% caiu para 5,2%. Em julho, o país norte americano possuía cerca de 11 milhões de vagas de emprego abertas o maior nível da série histórica, iniciada há quase 21 anos.
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Brasileiros fogem do desemprego e emigram para os EUA e Europa
Fernanda Naconeski, de 31 anos, morava em Curitiba e emigrou para Inglaterra, na Europa, para fugir da violência no Brasil. No ano passado com a chegada da pandemia, a empresa onde Fernanda trabalhava decidiu fechar e em menos de um ano, a brasileira já conseguiu um novo emprego e afirma que seus amigos brasileiros que também ficaram desempregados já estão em novas empresas e voltaram ao mercado de trabalho.
Flávia Faccini, de 41 anos, de São Bernardo do Campo (SP), chegou em 2019 em Lisboa, também à procura de um local mais seguro e para fugir da tensão política brasileira. Ao chegar, logo encontrou vagas disponíveis. Mas assim como Fernanda, perdeu o emprego durante a pandemia. Embora tenha se assustado, logo depois surgiu um novo emprego como gestora de contas.
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Já o estudante Maik Uchôa, de 25 anos, chegou aos EUA durante a pandemia, há cerca de um ano e conseguiu emprego como babá. Morando na Filadélfia, ele participa do programa Au Pair, que permite os estudos do jovem. Maik conta que conhece outros brasileiros que chegaram no mesmo período aos EUA e conseguiram novas vagas de emprego.
Saiba como tirar visto de trabalhar e se aventurar nos EUA ou Europa
A verdade é que brasileiros podem trabalhar de forma permanente em outro país, em áreas interessantes e com salários atrativos, mas para isso, é preciso ter um visto de trabalho.
Para solicitar o visto de trabalho, o solicitante devera ter em mão a petição feita pelo empregador na embaixada do país desejado. Assim que estiver com esta petição em mãos, já é possível solicitar o Visto de Trabalho.
O Visto de trabalho é dividido em 4 Subcategorias do Visto Americano H, são elas H1, H2, H3 e H4:
O Visto H-1B (ocupação de especialista) é solicitado por funcionários que pretendem viajar aos EUA numa função profissional pré-contratada. Para solicitar, o estrangeiro precisa ter no mínimo formação universitária (graduação) em um programa de quatro anos, ou certificação profissional com habilidades diferenciadas.
O Visto H-2B (trabalhador qualificado e não-qualificado) é solicitado por um empregado que irá realizar um trabalho de natureza temporária ou sazonal para o qual há escassez de mão-de-obra entre os cidadãos americanos e residentes legais.
O Visto H-3 (Estagiário) é o visto solicitado para o estagiário que viajará aos Estados Unidos para receber treinamento de seu empregador em qualquer área que não seja a de graduação ou treinamento acadêmico. O treinamento não pode ser utilizado para prover emprego produtivo e não pode estar disponível no país de origem do solicitante. O empregador deverá submeter uma petição (formulário I-129), junto ao USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos) para obter aprovação para o treinamento. Com essas petições em mãos já é possível solicitar seu Visto Americano de Trabalho.
Caso o Cônjuge ou filhos de até 21 anos queiram acompanhar o trabalhador, os filhos e o cônjuge deverão ser citados na petição ora citada. Para esses Solicitantes, será emitido o Visto Americano H4.
Para solicitar o Visto Americano de Trabalho, será necessário o pagamento da taxa MRV ( Taxa de solicitação de Visto) no valor de US$190,00 (Dólares) e também uma taxa adicional no valor de US$100,00 (dólares).
Países da Europa não conseguem preencher vagas
Em Castelo Branco, há diversas vagas de emprego sobrando e falta mão-de-obra para completa-las. O “problema” já acontecia antes, entretanto se agravou desde a pandemia.
De acordo com a AEBB, cerca de 4 mil vagas de emprego estão em aberto na cidade. A cidade aderiu a um programa criado pelo país para atrair pessoas de outros países como o Brasil para preencher as vagas. Nos países da Europa, Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, a taxa de desemprego atingiu 4,7% no primeiro semestre deste ano. O mesmo período do ano passado foi de 5,2%.
Reino Unido também sofre com a falta de mão de obra
No Reino Unido, a falta de mão de obra em alguns segmentos está associada à saída da União Europeia, que fez com que muitos trabalhadores da zona do euro deixassem a Grã-Bretanha. É o caso do setor da indústria de carnes e de transportes, por exemplo.
Só na Inglaterra, há mais de 100 mil vagas abertas para motoristas e isso porque grande parte dos trabalhadores do setor que foram da ilha para o continente europeu não voltaram à Inglaterra por conta da burocracia para liberar cargas.