Novo escudo contra incêndio para carros, 100 vezes mais leve e resistente a temperaturas de 1000 °C, promete revolucionar a segurança automotiva e a proteção contra incêndios
Um novo escudo automotivo, leve como uma pena e capaz de suportar temperaturas superiores a 1000 °C, foi desenvolvido por pesquisadores da Aegis FiberTech.
A empresa, recém-formada na Universidade de Birmingham, visa oferecer maior eficiência e segurança para veículos, especialmente carros elétricos e automóveis de competição. O material foi projetado para ambientes de alta temperatura, comuns ao redor de motores e sistemas de escapamento.
Tecnologia com duas vantagens inéditas
O material desenvolvido pela Aegis FiberTech apresenta dois diferenciais notáveis. Primeiro, ele transfere calor dez vezes mais lentamente do que os melhores materiais automotivos disponíveis atualmente.
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Em segundo lugar, é 100 vezes mais leve que mantas de fibra de cerâmica tradicionalmente usadas para proteção contra incêndio.
As mantas de fibra de cerâmica são conhecidas por sua resistência térmica e química. No entanto, o novo escudo protetor supera essas características.
Sua densidade ultrabaixa e rede de fibras controladas com precisão permite uma espessura 12 vezes menor em comparação com as mantas tradicionais. Isso garante um isolamento eficaz, mesmo em espaços reduzidos.
Desempenho e segurança aumentados
Além de sua leveza, o material mantém sua integridade em temperaturas de até 1000 °C. Sam Moxon, CEO da Aegis FiberTech, destacou que “Os materiais da Aegis FibreTech são tão leves que você não consegue sentir o peso deles”.
Segundo ele, eles oferecem uma barreira térmica eficaz, reduzindo o peso de um cobertor contra incêndio ao equivalente a algumas folhas de papel.
O uso dessa tecnologia pode melhorar o desempenho dos veículos, reduzindo as temperaturas do sistema de exaustão e do motor. Isso prolonga a vida útil dos componentes e protege as partes sensíveis contra danos térmicos.
A segurança também é ampliada, pois o material diminui o risco de incêndios e queimaduras acidentais, questões essenciais no desenvolvimento de veículos mais seguros.
Processo sustentável de produção do escudo automotivo
O processo de eletrofiação, desenvolvido na Universidade de Birmingham, é fundamental para essa inovação. Ele funciona aplicando um campo elétrico que transforma soluções de polímeros em nanofibras extremamente finas.
Para a base do material, foi escolhido o vidro bioativo ecológico, um tipo de biomaterial vitrocerâmico. Essa técnica permite controlar a precisão do tamanho e a estrutura das fibras, possibilitando a criação de materiais com vários níveis de flexibilidade.
Além da leveza e resistência térmica do escudo protetor, uma característica destacada nas fibras eletrofiadas é sua capacidade de reutilização. Isso se torna particularmente atraente para setores que buscam soluções sustentáveis, como a indústria de veículos elétricos, construção civil e aeroespacial.
O site da Aegis FibreTech enfatizou que: “As fibras eletrofiadas são feitas de vidro bioativo, contribuindo para um produto mais ecológico que pode ser reutilizado. Essa abordagem sustentável se alinha com as demandas modernas da indústria por soluções ecológicas”.
Concorrência internacional
A inovação no setor de proteção contra calor e incêndio não se limita à Aegis FiberTech. Em 2024, a empresa japonesa Asahi Kasei apresentou um tecido retardante de chamas.
O material suporta temperaturas de até 1.300°C, mantendo o lado oposto abaixo de 400°C, oferecendo proteção para as baterias de veículos elétricos.
A pesquisa da Aegis FiberTech, no entanto, destaca-se pela combinação de nível extremo, eficiência térmica e sustentabilidade.
Com informações de Interesting Engineering.