Um engenheiro brasileiro desenvolveu combustível utilizando apenas tucupi e energia solar, na cidade de Breves, situada no Pará, confira os detalhes do projeto abaixo.
O engenheiro mecânico, Alípio Fernando, está trabalhado desde o ano passado, especificamente em fevereiro de 2021, em uma pesquisa inovadora no arquipélago do Marajó, que consiste na geração de combustível por meio da energia solar e do tucupi. O engenheiro afirma que atua no interior do município de Breves, no estado do Pará, em área de floresta, e como não há disponibilidade de eletricidade, são utilizadas placas de energia solar para que baterias sejam recarregadas com intuito de realizar as tarefas do dia a dia.
Entenda como funcionará a produção de combustível a partir do tucupi
De acordo com Alípio Fernando, o projeto com tucupi e energia solar no Pará está em fase de desenvolvimento de um motor elétrico e haverá disponibilidade de instalar esse motor dentro de uma rabeta de pequeno porte, onde serão utilizadas as baterias como fonte de energia para o motor.
O projeto está basicamente montado e compõe a Eco-Fazenda Escola Patú Anú. De acordo com o engenheiro, no local são trabalhados com a criação de aves caipiras que ficam livres de gaiolas e nesse processo é utilizada uma bebida com probióticos ativos semelhantes ao leite fermentado que contribui com a flora intestinal. Sendo assim, as aves se alimentam com ração e torta de frutas da região, reduzindo o consumo de soja e de milho.
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Quando é feita a manutenção dentro do aviário que acontece de 3 em 3 meses é retirado a maravalha, madeira triturada que atua como a cama onde as aves ficam durante o dia, e ela é misturada com esterco de frango em si. Este material é rico em nutrientes e pode contribuir com a geração de uma agrofloresta cada vez mais sustentável e ativa.
Projeto de combustível a base de tucupi no Pará evita a poluição de rios
O engenheiro afirma que o tucupi quando jogado diretamente nos rios, sem passar pelo processo de quarentena, acaba contaminando e prejudicando a saúde dos rios, peixes e outros seres vivos que dependem daquele ambiente, pois é muito tóxico nesse sentido.
Sendo assim, é realizado um trabalho para que o ribeirinho não jogue fora o tucupi, mas venda para o projeto do combustível para que seja aproveitado e misturado e futuramente levado para um biodigestor onde há bactérias anaeróbicas em que se faz a transformação desse produto em biogás, um ótimo combustível. O biogás será utilizado na cozinha do projeto e também poderá ser utilizado como fonte de combustível para os motores 4 tempos. Para isso, o engenheiro adaptou um carburador em um motor que é utilizado para fazer o transporte de uma rabeta, também adaptada com esse propulsor.
A parte mais interessante de todo o processo do biodigestor em si, é que ele gera biofertilizante, um produto rico em nutrientes para irrigar a floresta. Sendo assim, de tempos em tempos esse material é retirado do aviário no Pará e é levado para outro local, como uma composteira onde fica em quarentena e finaliza o processo de fermentação. Logo após é adicionado o tucupi, um resquício de produção de farinha.
Projeto litro de luz leva energia elétrica para comunidades mais distantes
Além desse projeto criado pelo engenheiro, o Projeto litro de luz desenvolveu um sistema de iluminação acessível que utiliza materiais recicláveis com garrafas PET, placas solares e canos de pvc para iluminar as residências utilizando energia solar.
Os postes de PVC sustentam as placas de energia solar e lâmpadas já que nessas regiões não há ligação com a rede elétrica. O sistema utiliza energia solar que é captada através de um painel, que gera energia para uma lâmpada de LED instalada dentro de uma garrafa pet.