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Eneva avalia aquisição de 75% da Usina Termoelétrica Nossa Senhora de Fátima em Macaé

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 08/11/2019 às 16:34
Atualizado em 04/01/2020 às 06:46
Eneva usina termoelétrica Macaé UTE Fátima

Eneva disse que terá exclusividade para realizar due diligence do ativo, a UTE Fátima, com licença para até 1.750 megawatts em capacidade em Macaé

Boas notícias para Macaé, a elétrica Eneva fechou acordo de exclusividade para potencial aquisição de 75% de um projeto termelétrico a gás natural a ser viabilizado em parceria com petroleira global com direitos de exploração no Brasil, disse a companhia em comunicado nesta quinta-feira, 7 de novembro.  Ontem a petroleira estatal Petrobras anunciou a venda da Liquigás por 3,7 bilhões de reais.

A empresa também divulgou em encontro com analistas e investidores nesta quinta-feira perspectivas de expansão e de distribuição de dividendos, de acordo com apresentação realizada no “Eneva Day” e, afirmou na apresentação que prevê início de operação de suas usinas Parnaíba V e Azulão-Jaguatirica em meados de 2021, já os investimentos na usina Parnaíba VI iniciam somente em 2022.

Em relação à possível parceria para o projeto térmico, a Eneva disse que terá exclusividade para realizar due diligence do ativo, a UTE Fátima, com licença para até 1.750 megawatts em capacidade em Macaé (RJ), até a data de leilões para contratação de térmicas previstos pelo governo para 2020 ou até 15 dias após a habilitação do empreendimento em leilão de energia regulado.

O contrato foi assinado com a Natural Energia Participações, a UTE Fátima e a controladora Fátima Power Holding. Os demais 25% do projeto pertencem a uma companhia global de energia com concessões offshore no Brasil, disse a Eneva, sem abrir o nome da empresa.

A usina foi projetada para funcionar com Gás Natural Liquefeito (GNL) ou gás natural associado, sendo que o fornecimento será realizado pela petroleira sócia do projeto.

No comunicado a Eneva disse, que ainda não há obrigação vinculante para conclusão da transação e nem garantia de ela será fechada.

Os leilões específicos para térmicas agendados pelo governo para 31 de março do ano que vem, deverão contratar usinas a gás, GNL e carvão para entrada em operação em 2024 e 2025.

o governo projeta que as termelétricas que serão contratadas substituam usinas antigas, movidas principalmente a diesel, cujos contratos vencerão nos próximos anos.

A licitação será aberta tanto para novos empreendimentos quanto para projetos de eficientização e troca de combustível das usinas hoje em operação, com contratos de 15 anos para os vencedores.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a iniciativa está alinhada ao programa Novo Mercado de Gás, do governo federal, que vista aumentar a competição no setor de gás e reduzir custos do insumo.

A Neoenergia, da espanhola Iberdrola, também tem interesse nas licitações, nas quais deverá inscrever seu projeto Termopernambuco, que está em operação mas tem contrato de venda de energia que vence em 2024.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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