A Absolar prevê que em 2 ou 3 décadas a energia solar seja tão acessível que toda a população opte por ela
No dia 30 de março, quarta-feira, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que representa o setor de energia solar no país, realizou a eleição do Conselho de Administração para os anos de 2022 a 2026. Ronaldo Koloszuk será o presidente da Associação por mais um período de quatro anos.
Ronaldo afirmou ao veículo de notícias Exame que a reeleição é uma evidência da confiança que os associados depositam em sua equipe. Durante o tempo em que ele vem ocupando a frente do conselho da Absolar, Koloszuk observou o setor de energia solar crescer amplamente. Somente em março, a fonte atingiu 14 gigawatts de potência operacional, ultrapassando, assim, a usina de Itaipu, que corresponde a maior hidrelétrica do Brasil. Desde 2012, época em que a energia solar ganhou mais destaque nacional, essa fonte renovável trouxe quase 75 bilhões de reais em investimentos, além de gerar 420 mil vagas de empregos.
Para o executivo da Absolar, a energia solar é atrativa em termos econômicos e tecnológicos. “Com um dia de instalação, o cliente consegue uma redução de até 90% na conta de luz. Em três anos, o investimento se paga”, explica Koloszuk.
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Substituição da energia hidrelétrica pela solar
De acordo com dados fornecidos pela Bloomberg, o dirigente da Absolar não tem dúvidas quanto à presença da energia solar no mercado do Brasil. Segundo ele, em 20 ou 30 anos, é possível que a energia solar supere a hidrelétrica e se torne a fonte de energia número mais utilizada em território nacional, caminhando para uma transição energética. “A solar está ficando cada vez mais barata. Quem cotou uma instalação há dois e achou caro, hoje não acha mais”, reitera ele.
Outro fator que impulsiona o crescimento da energia solar é a sua facilidade de instalação. Para exemplificar, uma usina de grande escala é construída totalmente ao longo de um ano e meio; correspondente a uma fração do período de tempo necessário para se consolidar uma usina hidrelétrica ou, ainda, um parque eólico. Para uma comparação mais clara, finalizar a construção da usina nuclear de Angra 3 deve levar, no mínimo, 10 anos.
Conforme um estudo da Singularity University apontado por Koloszuk, a energia solar está ficando tão barata, que pode até sair sem nenhum custo. “O carro elétrico trará uma grande transformação no setor de energia. A oferta crescerá tanto que a energia será compartilhada como se faz com o Wi-Fi”, diz o presidente da Absolar, referindo-se ao tipo de carro mais promissor do mercado atual.
Esta fonte renovável corre risco com a Guerra?
Mesmo com a crise do petróleo afetando o mercado mundial, como consequência da Guerra na Ucrânia, o contexto da energia solar segue com boas previsões. De acordo com o dirigente da Absolar, no começo, a guerra preocupou a entidade, mas agora é pouco provável que afete negativamente o setor. A pior hipótese seria a separação do mundo, com a China do lado oposto ao do Brasil – nesse cenário, haveria empecilhos em importar equipamentos, já que o gigante da Ásia é o maior produtor e fornecedor. No entanto, as probabilidades são remotas.
Nesse sentido, evitar a popularização dos painéis solares entre a população brasileira, somente será possível quando houver uma tecnologia que seja ainda mais eficiente e barata. De acordo com a Absolar, não há previsão de nenhuma concorrente se aproximando.