O crescimento em abundância da energia eólica tem como objetivo gerar 3,3 milhões de novas vagas de empregos até o ano de 2025 para a indústria de energia renovável
Segundo estimativa de um estudo do Conselho Global de Energia Eólica, publicado há uma semana, a energia eólica continuará com crescimento recorde nos próximos cinco anos, gerando cerca de 3,3 milhões de vagas de emprego para o mercado de energia renovável no período. A capacidade de energia eólica já instalada chega a 751 gigawatts (GW), e já gerou quase 1,2 milhão de empregos a nível mundial, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável.
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No ano passado (2020), havia cerca de 550 mil trabalhadores em energia eólica na China, 260 mil no Brasil, nos Estados Unidos havia 115 mil e na Índia havia 63 mil, segundo uma pesquisa global, realizada pela GWEC Market Intelligence.
GWE e a estimativa de novas vagas de emprego para o mercado de energia renovável
Estão previstos 470 GW até 2025, podendo criar 3,3 milhões de novas vagas de emprego. Segundo a GWEC, para atingir essa meta, será necessário metas ambiciosas no setor, planejamentos de longo prazo e um ambiente regulatório para que os projetos possam ocorrer dentro do prazo previsto. Segundo o conselho, os impactos devido à pandemia tornaram a transição energética muito mais importante, aumentando a necessidade de reformas proativas para permitir a integração dos sistemas de energia renovável.
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O relatório do conselho ressalta, também, que nos orçamentos para estimular as energias renováveis, como a energia eólica dos governos do G20 desde a pandemia de covi-19, pouco mais de um terço dos fundo foram atribuídos às renováveis, o que a GWEC considera um volume insuficiente.
Vagas de emprego para todos os gêneros e com diversidade até o ano de 2025
Os efeitos da pandemia exerceram desigualdades no sistema em nível mundial, em especial, na relação gênero e mercado de trabalho. De acordo com estudo da GWEC, os analistas indicam que as políticas para a recuperação pós-pandemia e os estímulos econômicos devem estar ligados à transição energética justa, em que estão inclusos princípios de diversidade e deslocamento de mão de obra.
Porém, a participação feminina nestes setores ainda é pequena, e os novos postos de empregos gerados pela transição energética tem possibilidade de ocorrer os mesmos velhos padrões. Segundo estudos da Irena, em janeiro de 2020, as mulheres ocuparam apenas 21% dos postos de emprego da energia eólica. Nas energias renováveis em geral, elas representam 32%, e nas indústrias de energia tradicional, representam 22%.
Geração de novas vagas de emprego em energia eólica no Brasil
O Brasil alcançou 18 GW de capacidade instalada em energia eólica em fevereiro, com aproximadamente 700 parques geradores de energia. De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), entre 2011 e 2019, a energia eólica gerou quase 500 mil postos de empregos por ano no Brasil.
Nordeste receberá novo investimento milionário no ramo de energia eólica da comercializadora de energia renovável 2W
A 2W Energia fará um investimento de aproximadamente R$ 950 milhões no Nordeste, construindo dois parques de energia eólica: um no Ceará e outro no Rio Grande do Norte, impulsionando, ainda mais, o setor de energia renovável brasileiro.
A estratégia do investimento em energia eólica no Nordeste se deve a um forte crescimento do mercado livre de energia, em que clientes com uma grande demanda podem negociar os preços e suprimentos com as comercializadoras.
A companhia tem como previsão que, em cerca de 2 meses, se inicie a mobilização para as obras do primeiro parque de energia eólica do Nordeste, que será em Anemus, no Rio Grande do Norte, com 139 megawatts e tem data de conclusão prevista para setembro de 2022. O outro investimento será a usina de energia eólica localizada em Kairós, no Ceará, com 42 megawatts e tem previsão de construção a partir do final do segundo semestre, por volta de dezembro.
A empresa de energia renovável obteve um empréstimo mezanino de US$ 45 milhões da Darby International Capital. US$ 35 milhões serão usados no projeto de energia eólica Anemus. Já o projeto Kairós deverá usar o valor restante do empréstimo. A empresa espera receber recursos do Banco do Nordeste para as obras, que, ao total, terão um investimento de R$ 950 milhões.