Empresa desenvolve nova tecnologia revolucionária para a produção de hidrogênio verde: um eletrolisador com 95% de eficiência.
A produção de hidrogênio verde consome, em média, cerca de 52,5 kWh de energia para gerar um quilo do gás, que armazena 39,4 kWh de energia. Este processo resulta em uma perda energética de 20% a 30%. Contudo, o novo eletrolisador alimentado por capilaridade, desenvolvido pela empresa australiana Hysata, pode ser uma solução inovadora para popularizar o hidrogênio verde.
Novo eletrolisador promete reduzir custo da produção de hidrogênio verde
A empresa australiana Hysata desenvolveu um eletrolisador que pode atingir uma eficiência de até 95% reduzindo a energia necessária para produzir um kg de hidrogênio verde de 52,5 kWh para 41,5 kWh. Isso representa um grande passo rumo à redução de custos operacionais e de capital para a produção de hidrogênio verde.
A tecnologia patenteada pela empresa, desenvolvida em parceria com a Universidade de Wollongong, tem como objetivo eliminar as bolhas de gás que se formam nos eletrodos durante a eletrólise, ampliando a área de contato do eletrólito e reduzindo a resistência interna, graças ao design que permite o fluxo ascendente do eletrólito por meio de um separador poroso e hidrofílico.
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O progresso técnico da Hysata atraiu bastante o interesse dos investigadores, resultando na captação de US$ 111 milhões para expandir a produção e continuar o desenvolvimento da tecnologia, visando uma produção em escala de gigawatt.
Apesar dos avanços, o mercado de eletrolisadores passa por desafios, como a capacidade de produção excedendo a demanda, o que tem causado perdas para vários fabricantes, com apenas uma empresa reportando lucro em 2023, segundo estudo da BloombergNEF.
O dispositivo pode alcançar uma eficiência de 95%, utilizando apenas 41,5 kWh para produzir um kg de combustível. Este aumento de eficiência na produção de hidrogênio verde pode reduzir significativamente os custos operacionais e de capital para os produtores, tornando o Hidrogênio verde mais acessível.
Nova tecnologia alcança eficiência de até 98% em laboratório
A eficácia desse método é notável. A empresa reportou uma eficiência de até 98% em condições de laboratório, conforme estudos revisados por pares e publicados na revista Nature Communications. Essa eficiência é mantida em aproximadamente 95% em condições reais de operação, o que representa um avanço significativo na produção de hidrogênio verde.
Recentemente, a Hysata anunciou, em comunicado, a captação de US$ 111 milhões (R$ 555 milhões) numa rodada de financiamento.
Os recursos serão empregados para ampliar a capacidade produtiva na instalação de Wollongong, na Austrália, e para o desenvolvimento contínuo da tecnologia, com vistas à fabricação em escala de gigawatt.
O hidrogênio é visto como um combustível limpo promissor e um meio de armazenamento de energia para uma economia de carbono zero. Comparado às baterias, o hidrogênio carrega mais energia por peso e oferece uma solução para a descarbonização de setores desafiadores, como aviação e transporte pesado.
Brasil apresenta avanços no mercado de hidrogênio verde
O atual cenário global de alerta sobre as mudanças climáticas tem reforçado a necessidade de um extenso e urgente processo de descarbonização e transição energética, contexto no qual o hidrogênio verde, produzido através da eletrólise da água usando fontes renováveis, tem se destacado como uma promissora indústria que gera energia alternativa, limpa e de alta eficiência.
No Brasil, há interesse por esta indústria em várias regiões. Contudo, dentre as mais interessadas está o Nordeste, tanto por sua alta capacidade, instalada e potencial, de geração de energia solar e eólica quanto pelos portos localizados de forma estratégica em relação aos mercados estrangeiros.