A BYD está na frente em vendas de carros elétricos, conseguindo ultrapassar até mesmo a Tesla, de Elon Musk. A empresa conta com um salto de 314% em vendas.
De acordo com uma informação enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a BYD afirma ter vendido 641.350 carros elétricos, entre os meses de janeiro e junho deste ano, um grande crescimento em comparação às 154.579 unidades vendidas no mesmo período do último ano, representando um aumento homólogo de 314%. Apesar de não ter sido auditado e com possíveis alterações, este número supera os carros elétricos vendidos pela Tesla, de Elon Musk, que anunciou a comercialização de 564 mil unidades nos primeiros seis meses deste ano.
Diretor da Tesla fala sobre os possíveis motivos que causaram redução do número de venda de carros elétricos da montadora
A empresa de Elon Musk justificou aqueles números com as “interrupções na cadeia de fornecimento” e obstáculos nas atividades realizadas na China, geradas pelo bloqueio de Xangai, a capital econômica do país asiático, devido às medidas de prevenção epidêmica.
O número ressalta a crescente capacidade de exportação dos fabricantes de carros elétricos chineses, de acordo com analistas citados pelo jornal Financial Times, que destacaram que a BYD está tentando produzir produtos que cobrem diversos setores críticos do mercado.
- Toyota 4Runner TRD Surf Concept surpreende como picape baseada em SUV: um projeto que traz o verão para o asfalto
- Adeus, Honda Pop 110! Nova concorrente chega com 3 motos incríveis na faixa de R$ 9 mil para dominar o mercado e desbancar até a Yamaha!
- Toyota revela o novo SUV popular mais esperado de 2024: inspirado na mini Hilux, off-road compacto e barato será lançado em novembro e promete vender que nem água
- Carros modernos exigem mais que motores potentes: descubra por que o processador é essencial para uma experiência de condução completa e sem travamentos
Segundo Lian Yubo, vice-presidente executivo da BYD, em entrevista, a empresa chinesa disponibilizará baterias de lítio — ferrosfosfato (LFP) em um futuro próximo, precisamente à Tesla, de Elon Musk. A BYD, que fabrica baterias para os seus próprios carros elétricos e híbridos, está presente em mais de 200 países e lançou em 2020, sua bateria Blade, com base na tecnologia LFP, garantindo que é mais segura em relação a outras opções do mercado, por apresentar uma menor tendência a sobreaquecer.
Ações da BYD sobem 36%
Até então, a gigante chinesa CATL é a única empresa que disponibiliza LFP para a Tesla de Elon Musk, que usa, desde 2020, os componentes para os carros elétricos que produz em sua unidade em Xangai. De acordo com a Tesla, cerca de metade dos modelos produzidos no primeiro trimestre foram equipados com baterias LFP, mais baratas do que as de níquel, utilizadas no Ocidente.
As ações da BYD subiram em 36% desde o começo do ano, com a montadora chegando perto de uma capitalização de mercado de um trilhão de yuans chineses, o que em conversão direta equivale a cerca de US$ 149 bilhões.
A pressão de Pequim para que as pessoas reduzissem as emissões de CO₂ contribuiu com o crescimento da montadora como a maior empresa doméstica da China. A BYD continuou ampliando suas vendas e o preço das ações, embora a poluição rondasse uma de suas fábricas na província de Hunan, onde moradores da região relatam sofrer de hemorragias nasais, problemas respiratórios e vômitos.
BYD está apostando no Brasil e expande venda dos seus carros elétricos
A BYD está no Brasil disponibilizando seus carros elétricos e gerando milhares de empregos em suas unidades e vem ganhando cada vez mais destaque no mercado nacional nos últimos meses.
Desde que decidiu entrar no mercado de veículos elétricos leves no país no início do ano, a montadora, que já atua no setor de veículos pesados e outras divisões focadas na eletricidade, já apresentou dois modelos e afirmou que abrirá 45 concessionárias no Brasil.
Segundo Henrique Antunes, diretor de vendas da BYD do Brasil, a empresa começou focada em setores como ônibus, empilhadeiras e energia solar. Os carros elétricos ainda eram algo bem distante da empresa, que surgiu com maior presença em 2015.