1. Início
  2. / Automotivo
  3. / Empresa chinesa, CTG, vai instalar 18 pontos de recarga para carros elétricos no trecho da BR-262, que liga MS e SP
Localização MS, MT, SP Tempo de leitura 4 min de leitura

Empresa chinesa, CTG, vai instalar 18 pontos de recarga para carros elétricos no trecho da BR-262, que liga MS e SP

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/03/2022 às 12:03
Chinesa CTG - carros elétricos - carro eletrico - SP - MS - pontos de recarga
Trecho da BR-262, que liga Três Lagoas a São Paulo (Foto: Marcos Maluf)

Cerca de 1,3 mil quilômetros que ligam SP e MS serão beneficiados com pontos de recarga para abastecimento de carros elétricos

18 novos pontos de recarga para carros elétricos chegaram ao Brasil através de uma das maiores geradores de energia privadas no país. A China Three Gorges (CTG) anunciou por meio dos seus canais oficiais que pretende instalar os novos pontos de recarga dos veículos elétricos no trecho da BR-262, que liga Três Lagoas a São Paulo. A empresa destaca que além de trabalhar com eletropostos tem interesse em atuar no mercado de energia renovável brasileiro.

Leia também

Instalação dos eletropostos pela CTG promete cobrir 1,3 mil km

A empresa chinesa informa que serão mais de 1,2 mil quilômetros de estradas beneficiados com os seus pontos de recarga. Os pontos de recarga de carros elétricos entrarão em operação até 2023. Cerca de 10 usinas da chinesa CTG e mais duas pequenas centrais hidrelétricas ficarão responsáveis por alimentar a energia dos pontos de recarga.  

Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), o Brasil tem 79,8 mil automóveis e comerciais leves elétricos, híbridos plug-in e híbridos. Até agora, o País tem 1.250 postos de recarga em estradas e regiões comerciais de grandes cidades.  

A CTG atua no Brasil desde 2013. A empresa tem  investimentos em 17 usinas hidrelétricas, além de participação acionária em 11 parques eólicos.

Pontos de recarga da CTG serão alimentados somente com o uso de energia renovável  

“Os contratos serão só com fornecedores de energia vinda de fontes de energias renováveis e o processo será atestado por inédita tecnologia de rastreabilidade”, afirmou o vice-presidente corporativo da CTG Brasil, José Renato Domingues em entrevista ao Estadão.  

Inicialmente os pontos de recarga para abastecimento de carros elétricos da CTG poderão ser utilizados de forma gratuita, entretanto o viveo vice-presidente corporativo da empresa, José Renato Dominguesa destaca que, com mais gente usando os postos, isso vai mudar. Serão usados sistemas de cobrança de recarga após regulamentação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Participação da CTG no mercado brasileiro

O Brasil é um “país prioritário” na estratégia de crescimento internacional da China Three Gorges, segundo o site da empresa. Desde 2013, a estatal investe em ativos de energia limpa no Brasil, incluindo energia eólica e solar, e se tornou a segunda maior geradora privada de energia do país. Em 2016, adquiriu os ativos brasileiros da Duke Energy Corp., que incluía cerca de 10 usinas hidrelétricas, por US$ 1,2 bilhão. Os recursos do IPO podem ajudar a Three Gorges a levantar dinheiro para mais investimentos e aquisições na América Latina.  

Em junho, a empresa concluiu a emissão de R$ 845 milhões (US$ 167 milhões) em títulos locais, dos quais R$ 650 milhões serão aplicados na segunda etapa do empreendimento, cujo orçamento total é de R$ 3 bilhões. Durante uma entrevista para o bloomberg, o vice-presidente de finanças e relações com investidores da CTG Brasil, Carlos Carvalho, fala sobre os planos de crescimento, o potencial da geração de energia solar fotovoltaica e o início das operações de certificação com a I-Recs.  

“Primeiro, é importante explicar nossa estrutura. A Rio Paraná Energia é uma das empresas que compõem nossas operações no Brasil. Foi criada quando a CTG Brasil venceu o leilão das concessões das hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá em 2015. Localizadas no rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, possuem capacidade instalada total de 4.995 MW. Por serem ativos antigos, com mais de 40 anos de operação, quando conquistamos as concessões já sabíamos da necessidade de investir na modernização das usinas. Estamos investindo cerca de R$ 3 bilhões nesse processo, com foco no aumento da disponibilidade e confiabilidade das operações, uma importante contribuição para o setor elétrico brasileiro,” destaca Carlos.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos