Empresa alemã estuda painel solar ultraleve e fino para flutuar nas águas do mar e produzir energia mesmo com ondas e sal: “como um tapete”

O painel solar é ultraleve e flexível, permitindo que haja a produção de energia com os raios UV mesmo que esteja exposto à água do mar e altas quantidades de sódio diluído. 

A  RWE, empresa alemã, anunciou que pretende investir na criação de painel solar flexível como se fosse um tapete para ser adicionado sobre as águas do mar e produzir energia advinda dos raios UV. Esta nova tecnologia será adicionada em instalações no Mar do Norte e será destinada para aumentar a capacidade energética de empresas offshore. 

O tapete / novo painel solar, será resistente, apesar de fino e leve, dessa forma, poderá suportar até mesmo as ondas de água mais intensas. De acordo com a empresa que está sendo responsável pelo desenvolvimento, ele produzirá cerca de 0,5 megawatt de pico, ou MWp. Em comunicado, a RWE afirmou que este projeto será um dos pilotos da holandesa-norueguesa SolarDuck:  “importante experiência em primeira mão em um dos ambientes offshore mais desafiadores do mundo”.

Aprendizados  facilitarão que haja a venda desta nova tecnologia a partir de 2023

A empresa alemã afirmou que os estudos estão sendo realizados e, de acordo com os novos aprendizados dos cientistas, é estimado que esta nova tecnologia passe a ser negociada no mercado e vendida para as empresas a partir do ano de 2023. Assim sendo, será possível ter maior economia de energia ao atuar fora da costa e, portanto, reduzir exponencialmente as emissões de dióxido de carbono no meio ambiente. 

Inúmeras tecnologias estão sendo criadas e desenvolvidas para inovar a energia solar e diminuir a dependência do polisilício, material amplamente utilizado nos painéis tradicionais, que já está em um dos seus maiores picos de preços dos últimos onze anos devido à sua falta de mercado.

Um dos desenvolvimentos que mais chamaram a atenção neste ano de 2022, além deste painel solar em formato de tapete, foi um desenvolvimento norte-americano que possibilitaria a criação de energia solar com algas marinhas que, além de tudo, conseguiriam captar uma alta quantidade de dióxido de carbono sobre o meio ambiente  e reduzir os efeitos do aquecimento global. 

Painel solar poderá ser utilizado em um dos maiores parques offshore europeus

A alemã afirmou que o projeto pode, se produzir a quantidade necessária energética como estimado, ser utilizado  em um dos maiores parques offshore na Europa, o Hollandse Kust West. Em comunicado para a imprensa, a empresa disse que a  “integração da energia solar flutuante offshore em um parque eólico offshore” era “um uso mais eficiente do espaço oceânico para geração de energia”.

Atualmente, um dos maiores parques solares dispostos na Europa vem sendo o inaugurado pela EDP, que instalou mais de 12 mil painéis fotovoltaicos que representam um dos maiores reservatórios energéticos do continente.

 O projeto combina a rede energética solar junto à hidrelétrica para aumentar a produtividade e baratear custos. Ou seja, há um processo de hibridização pela qual diferentes projetos e máquinas são responsáveis por atuarem em conjunto para a produção energética necessária. Os modelos híbridos de produção de energia, de acordo com a EDP, permitem que a empresa consiga ter maior economia em sua produção a médio e longo prazo. 

Mais notícias sobre desenvolvimento científico nesta semana 

Outra notícia relacionada ao desenvolvimento científico nesta semana é sobre o anúncio da  North Volt, empresa formada por dois antigos executivos da Tesla, que informou estar desenvolvendo um estudo sobre a possibilidade de criar baterias de madeira.  Ou seja, a principal matéria prima da bateria seria um um produto retirado das madeiras que as árvores possuem ao menos 20% em  sua composição. Leia mais sobre as baterias de madeira aqui.