Com mais de 200 torres, o investimento em energia eólica offshore do Ceará propõe gerar 3.480 MW e estará alinhado à proposta ESG
Depois que a energia offshore, ou seja, em alto-mar, foi regulamentada no Brasil, os projetos começaram a surgir de forma rápida. O estado do Ceará foi o pioneiro e um dos protagonistas nessa nova modalidade, com o projeto da Central Eólica Marítima em Acaraú, um município do Litoral Oeste do estado. Um de seus investimentos previstos em energia eólica offshore está em progresso iminente, visto que a assinatura de um memorando de entendimento está prestes a acontecer.
Tal investimento pode ser considerado um dos maiores realizados na história do estado. O gigante empreendimento do Ceará no setor eólico, que vem recebendo muitos investimentos, é da ordem de 50 bilhões de reais, contando com o subsídio do fundo de investimento Macquarie, da Austrália, em parceria com a cearense Servtec.
O empresário Lauro Fiúza, diretor da Servtec, declarou ao Diário do Nordeste – veículo no qual foi divulgada a matéria original de Victor Ximenes – que restam somente alguns detalhes a serem ajustados para que a assinatura do protocolo de instalação do parque de energia eólica offshore seja concluída. De acordo com o diretor, o protocolo será completamente alinhado às tendências no exterior de ESG, sigla utilizada para denominar o comprometimento das companhias com os setores ambiental, social e de governança.
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Outro ponto que merece ênfase é que o parque de energia eólica offshore do Ceará conta com a instalação de mais de 200 torres eólicas, cada uma com gerador de 15 MW, o que colabora para o destaque que o Nordeste recebe no setor da energia eólica.
Mais detalhes da parceria do Ceará com a empresa australiana
A australiana Macquarie, que entrará com o capital necessário para a realização do projeto de energia eólica offshore, tem experiência em projetos similares. “Eles estão desenvolvendo 21 GW de parques eólicos offshore na Europa e na Ásia”, afirma Fiúza.
O parque de energia eólica offshore será construído a 20 quilômetros da costa do Ceará, no porto do Pecém, e terá capacidade para produzir 3,8 GW de energia, equivalente a 3.480 MW. A intenção principal do projeto é atender à demanda do hub de hidrogênio verde, previsto para ser instalado no Complexo do Pecém, o qual teve a inauguração de sua segunda unidade divulgada em fevereiro.
“Tudo isso nasce do pioneirismo do Ceará em desenvolver a ideia do hidrogênio verde. O hidrogênio vai utilizar muita energia renovável. O Brasil tem um potencial brutal de geração de energia com as fontes renováveis, pelo menos 11 vezes superior a toda a capacidade atual. O problema é que não tem demanda interna para isso tudo. Com o hidrogênio, isso muda, porque nós podemos produzir e exportar essa energia”, explica o diretor.
Além disso, o executivo garante que a joint-venture tem expectativas de instalar usinas de energia também em outros estados além do Ceará, como o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul.
Assista ao vídeo a seguir e entenda um pouco mais do funcionamento de uma usina de energia eólica offshore
Companhia Weg apresenta boas projeções em eólica para este ano e forte presença no mercado externo
No dia 17/02, André Rodrigues, diretor-superintendente administrativo financeiro da Weg (WEGE3), declarou em teleconferência com analistas que o acréscimo de juros e o menor avanço do PIB brasileiro podem afetar produtos de ciclo curto durante o ano, mesmo que as perspectivas do mercado interno sejam boas, principalmente na área eólica. Porém, as melhores previsões para a Weg estão no mercado mundial. “Devemos apresentar mais um ano de receita em virtude da carteira positiva no equipamento de ciclo longo”, disse o diretor. Para saber mais, clique neste link e leia a matéria na íntegra.