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Em parceria com empresa australiana, Ceará realiza investimento de R$ 50 bilhões em parque de energia eólica offshore

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 21/03/2022 às 20:09
Atualizado em 22/03/2022 às 13:50
energia eólica, offshore, Ceará
Foto: Reprodução Google Imagens (via Energia Hoje)

Com mais de 200 torres, o investimento em energia eólica offshore do Ceará propõe gerar 3.480 MW e estará alinhado à proposta ESG

Depois que a energia offshore, ou seja, em alto-mar, foi regulamentada no Brasil, os projetos começaram a surgir de forma rápida. O estado do Ceará foi o pioneiro e um dos protagonistas nessa nova modalidade, com o projeto da Central Eólica Marítima em Acaraú, um município do Litoral Oeste do estado. Um de seus investimentos previstos em energia eólica offshore está em progresso iminente, visto que a assinatura de um memorando de entendimento está prestes a acontecer. 

Tal investimento pode ser considerado um dos maiores realizados na história do estado. O gigante empreendimento do Ceará no setor eólico, que vem recebendo muitos investimentos, é da ordem de 50 bilhões de reais, contando com o subsídio do fundo de investimento Macquarie, da Austrália, em parceria com a cearense Servtec.

O empresário Lauro Fiúza, diretor da Servtec, declarou ao Diário do Nordeste – veículo no qual foi divulgada a matéria original de Victor Ximenes – que restam somente alguns detalhes a serem ajustados para que a assinatura do protocolo de instalação do parque de energia eólica offshore seja concluída. De acordo com o diretor, o protocolo será completamente alinhado às tendências no exterior de ESG, sigla utilizada para denominar o comprometimento das companhias com os setores ambiental, social e de governança.

Outro ponto que merece ênfase é que o parque de energia eólica offshore do Ceará conta com a instalação de mais de 200 torres eólicas, cada uma com gerador de 15 MW, o que colabora para o destaque que o Nordeste recebe no setor da energia eólica.

Mais detalhes da parceria do Ceará com a empresa australiana

A australiana Macquarie, que entrará com o capital necessário para a realização do projeto de energia eólica offshore, tem experiência em projetos similares. “Eles estão desenvolvendo 21 GW de parques eólicos offshore na Europa e na Ásia”, afirma Fiúza.

O parque de energia eólica offshore será construído a 20 quilômetros da costa do Ceará, no porto do Pecém, e terá capacidade para produzir 3,8 GW de energia, equivalente a 3.480 MW. A intenção principal do projeto é atender à demanda do hub de hidrogênio verde, previsto para ser instalado no Complexo do Pecém, o qual teve a inauguração de sua segunda unidade divulgada em fevereiro.

“Tudo isso nasce do pioneirismo do Ceará em desenvolver a ideia do hidrogênio verde. O hidrogênio vai utilizar muita energia renovável. O Brasil tem um potencial brutal de geração de energia com as fontes renováveis, pelo menos 11 vezes superior a toda a capacidade atual. O problema é que não tem demanda interna para isso tudo. Com o hidrogênio, isso muda, porque nós podemos produzir e exportar essa energia”, explica o diretor.

Além disso, o executivo garante que a joint-venture tem expectativas de instalar usinas de energia também em outros estados além do Ceará, como o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul.

Assista ao vídeo a seguir e entenda um pouco mais do funcionamento de uma usina de energia eólica offshore

Companhia Weg apresenta boas projeções em eólica para este ano e forte presença no mercado externo

No dia 17/02, André Rodrigues, diretor-superintendente administrativo financeiro da Weg (WEGE3), declarou em teleconferência com analistas que o acréscimo de juros e o menor avanço do PIB brasileiro podem afetar produtos de ciclo curto durante o ano, mesmo que as perspectivas do mercado interno sejam boas, principalmente na área eólica. Porém, as melhores previsões para a Weg estão no mercado mundial. “Devemos apresentar mais um ano de receita em virtude da carteira positiva no equipamento de ciclo longo”, disse o diretor. Para saber mais, clique neste link e leia a matéria na íntegra.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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