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Em meio à crise hídrica, geração de energias solar e eólica batem recordes no Nordeste

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 08/07/2021 às 12:33
Atualizado em 09/07/2021 às 00:52
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Painéis de energia solar – Créditos: canalsolar

De acordo com o ONS, a energia solar e a energia eólica bateram seus recordes de geração de energia na região Nordeste

No dia 28 de junho, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que a geração de energia solar e energia eólica alcançaram um recorde duplo de produção na região Nordeste do país. Diante do cenário de crise hídrica que vem assolando grande parte do Brasil, as energia renováveis se mostram a única solução para evitar os aumentos nas contas de luz.

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Energia eólica aproveita os ventos fortes

De acordo com a entidade, a energia eólica teve uma geração instantânea de 10.856 MW, às 23h44 do dia 28/06, o suficiente para alimentar 96,1% da demanda do subsistema do Nordeste naquele momento.

O último recorde que chegou mais perto do atual foi registrado há cerca de um mês, no dia 26 de maio, quando a energia eólica produziu 10.612 MW para a região de Nordeste. Atualmente, a energia eólica representa cerca de 10,6% da matriz elétrica do Brasil e a estimativa é de que chegue ao fim deste ano representando 11,1%.

Energia solar usa os dias ensolarados para se beneficiar

Não foi apenas a energia eólica que aproveitou os ventos fortes: as placas de energia solar também aproveitaram os dias fortemente ensolarados. O valor verificado pela energia fotovoltaica no Nordeste foi de 681 MW médios, o equivalente a 6,4% da demanda da região.

O número também indica um crescimento de 2,1% se comparado ao último recorde, registrado no dia 24 de maio, quando foram gerados 667 MW de energia solar na região.

Também no dia 28 de junho, a energia solar bateu recorde em geração instantânea, chegando a atingir 1.873 MW, às 12h25, o equivalente a 17,7% da demanda do Nordeste, superando o último recorde registrado no dia 8 de abril. A energia solar representa 2% da matriz, e até o fim do ano pode atingir 2,5%.

Energias renováveis podem ser a resposta para a crise hídrica

O apagão que ocorreu em 2001, também devido à crise hídrica, trouxe ao Brasil uma rede de usinas termelétricas, que por sua vez possuem uma fonte energética mais cara. Com a atual crise, é possível que a única saída viável sejam as energias renováveis, principalmente eólica, biomassa e solar.

Segundo João Teles, pesquisador da FGV Energia, o uso dessas fontes sustentáveis é o motivo pelo qual a crise hídrica no Brasil não ter se transformado em uma crise energética. Ao contrário da crise hídrica de 2001, onde as usinas hidrelétricas geravam energia para cerca de 90% da população, atualmente elas giram em torno de 63,8%, segundo dados da EPE, ou seja, menos pessoas sentirão o impacto da crise hídrica na conta de luz.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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