O presidente Jair Messias Bolsonaro, ao lado de Guedes, comentaram sobre um possível novo aumento no preço dos combustíveis e afirmou estar discutindo soluções com a Petrobras
Apesar do preço exorbitante dos combustíveis – a gasolina chegou a um valor médio de R$ 6,321 nos últimos dias – o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), disse neste domingo (24) ao sair de evento junto ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que o brasileiro precisará desembolsar ainda mais a partir de hoje (25). Indústrias ao redor do Brasil temem uma nova greve dos caminhoneiros em novembro.
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Governo Federal luta pela aceitação do auxílio-diesel para caminhoneiros
Por conta do preço do petróleo no exterior e a alta do dólar por aqui, nos próximos dias, a partir desta segunda (25), teremos novos reajustes no preço dos combustíveis. Em uma situação cada vez mais complicada e agora refém de uma possível greve dos caminhoneiros, que antes eram seus aliados, o Governo Federal afirmou que pagará uma espécie de auxílio-diesel para pelo menos 750 mil caminhoneiros autônomos.
A princípio, o valor do auxílio ofertado pelo Governo Federal será de R$ 400 mensais, o que não agradou a categoria. Com o aumento no preço dos combustíveis prometido para hoje (segunda-feira), os caminhoneiros devem ficar mais insatisfeitos, reafirmando a possibilidade de uma nova greve em novembro.
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O presidente afirmou que, prevendo o aumento do preço dos combustíveis e se antevendo a isso, foi bastante discutido um auxílio para os motoristas de caminhão. O governo entende que R$ 400 por mês é pouco, entretanto isso está sendo feito no limite da responsabilidade fiscal.
“Alguns querem que a gente interfira no preço. A gente não vai interferir no preço de nada. Já foi feito no passado e não deu certo. Infelizmente, pelo número do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro, nos próximos dias, a partir de amanhã, infelizmente, teremos reajustes nos combustíveis”, declarou.
Governo Federal busca uma solução ao lado da Petrobras
Bolsonaro afirmou que está discutindo uma solução com a Petrobras, já que não pode interferir nas ações da estatal. O ministro da Economia, Paulo Guedes, por sua vez, considerou a petroleira “um veneno que pode ser uma vacina” se o monopólio das estatais for quebrado no país.
De acordo com Guedes, cada vez que o petróleo sobe, os combustíveis também sobem, a petroleira tem um resultado melhor. “Se for possível levar a Petrobras para um novo mercado, como está acontecendo com a Eletrobras, não há dúvidas que problemas como crise hídrica, greve dos caminhoneiros, crise de combustível, tudo isso foram monopólios estatais por até 40 anos”, declarou.
Possível greve dos caminhoneiros no dia 1° de novembro
Na última semana, entidades que representam os caminhoneiros deram um prazo de 15 dias para que o Governo Federal atenda as demandas da categoria, como o cumprimento de um frete mínimo, revisão da política de preços, entre outros.
Caso a categoria não seja atendida, os motoristas pretendem realizar uma nova greve dos caminhoneiros. As entidades são ligadas aos motoristas autônomos que participaram da greve dos caminhoneiros de 2018.
De acordo com Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL, os motoristas estão enfrentando dificuldades jamais vistas e ainda ressaltou que a situação está se agravando durante os últimos três anos, desde que houveram as eleições para presidente.