Ações da MMX Mineração e Metálicos voltam para o radar dos investidores e disparam na bolsa de valores com a parceria entre Eike e China
Após a grande notícia, de que Eike fecha parceria com a China e ganha capital ‘infinito’ para colocar em prática projetos de óleo e gás, mineração, energia renovável e infraestrutura no Brasil, as ações da MMX, empresa em recuperação judicial do ex bilionário, disparam na bolsa de valores.
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MMX Mineração e Metálicos, empresa do grupo EBX que atua na mineração de minério de ferro, voltaram para o radar dos investidores desde meados de março, após saltarem mais de 500% em 2020.
Em 2021, os ativos acumulam ganhos de 63,47% levando em conta o fechamento até a últoma terça-feira sendo que, desde o fechamento de 18 de março até a última sessão, os ganhos acumulados foram de 84%.
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MMX Mineração e Metálicos, acredita que as oscilações possam estar relacionadas ao anúncio da parceria entre Eike e a empresa China Development Integration Limited (CDIL)
A MMX diz não ter conhecimento de outros atos relevantes que possam justificar as oscilações das ações da MMX na bolsa, a não ser o fato de que possam estar relacionadas aos fatos divulgados em março deste ano, onde a companhia “informou ao mercado a negociação e o possível investimento da China Development Integration Limited (CDIL) na companhia e em suas controladas, o que viabilizaria o pagamento de credores e a retomada de suas operações”.
MMX informou estar em negociação com a CDIL, empresa sediada em Hong Kong, na China, que desenvolve grandes empreendimentos de infraestrutura, engenharia e mineração em vários países, a qual apresentou interesse de realizar investimento para o desenvolvimento de ativos da empresa.
“A negociação visa a exploração de minas de propriedade da companhia, em especial a Mina de Bom Sucesso, da MMX Sudeste Mineração. A negociação é desenvolvida no âmbito do esforço da atual administração de promover a reestruturação econômica e organizar de forma viável o pagamento de todos os credores da MMX e de suas subsidiárias”, informou no comunicado, destacando não haver na ocasião contrato ou documento vinculante celebrado entre as partes.
Abradin alega que o fato relevante divulgado pela empresa de Eike é “mentiroso e fantasioso”
Posteriormente, no dia 25, a empresa do Eike afirmou que a MMX, suas controladas MMX Sudeste Mineração, MMX Corumbá Mineração, a Rubicon Capital Partners Desenvolvimento de Negócios LTDA e o China Development Integration Limited celebraram um term sheet, espécie de carta de intenções firmada entre as empresas envolvidas no negócio, estipulando termos e condições para realização de aporte pelo investidor.
O investimento da CDIL na MMX ou suas controladas previsto no Term Sheet tem entre as condições precedentes a reforma da decisão do juízo da Recuperação Judicial proferida em 21 de agosto de 2019, que decretou a falência da MMX e MMX Corumbá, a apresentação de novo plano de Recuperação Judicial da MMX e da MMX Corumbá, cujos termos e cláusulas sejam aceitos pelo investidor, bem como sua aprovação pelos respectivos credores, sendo que o Plano deverá prever a destinação do investimento, além da celebração de Aditivo ao Plano de Recuperação Judicial da MMX Sudeste.
Abradin – Associação Brasileira de Investidores, criticou o comunicado alegando que o fato relevante divulgado pela empresa de Eike é “mentiroso e fantasioso” e que possui o “condão de manipular o mercado de capitais, lesando investidores”.
O que chamou a atenção da Abradin foi a intenção de relacionar o aporte de US$ 50 milhões a uma reviravolta no processo de falência da MMX Corumbá, a ser julgado em breve no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e à aprovação de um novo plano de recuperação judicial para a empresa. “Há evidências de que esse investimento esteja sendo usado como uma forma de manipular o mercado e a Justiça, a fim de reverter a falência da empresa”, afirmou à Veja Aurélio Valporto, presidente da Abradin.