A EDP finalizou a sua usina solar flutuante em Portugal, capaz de gerar 7,5 GWh por ano. O empreendimento conta com 12 mil painéis solares, atendendo a 30% da população da região.
A EDP inaugurou, no sul de Portugal, mais precisamente em Alqueva, o que pode ser o maior projeto de usina solar flutuante instalado em um reservatório hidrelétrico europeu. Com cerca de 12 mil painéis ocupando 4 hectares, equivalente a 0,016% da área total do lago, a nova plataforma de painéis solares da EDP possui 5 MW de potência e capacidade para produzir cerca de 7,5 GWh anuais, podendo abastecer mais de 30% das famílias na região de Portel Moura e Moura.
Usina solar flutuante da EDP conta com 12 mil painéis solares
A plataforma que suporta os painéis solares é feita a partir do plástico reciclado combinado com compósitos de cortiça, reduzindo o peso da plataforma em 15%, além de impulsionar a mitigação da geração de CO₂ do projeto em cerca de 30%.
No total, a EDP instalou em sua usina solar flutuante 12 mil painéis solares, com uma potência de 5 MW e capacidade para produzir cerca de 7,5 GWh anuais, o que equivale ao consumo de cerca de um terço das famílias da região. A plataforma, que conta com uma área de quatro hectares, foi inaugurada na última sexta-feira (15).
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Esta é a segunda usina solar flutuante construída em Portugal, após o projeto-piloto da EDP na barragem de alto Rabagão. A solução, que está sendo testada pela primeira vez, é resultado de uma parceria com a Corticeira Amorim e pela Isi Genere, empresa espanhola responsável pela fabricação do flutuador. Também está prevista a instalação de um sistema de baterias, com potência nominal de 1 MW e capacidade de armazenamento de aproximadamente 2 MWh.
EDP planeja investir em inovação e tecnologias totalmente limpas
As tecnologias da empresa utilizarão um único ponto de conexão para a rede existente, promovendo a otimização e eficiência dos ativos, reduzindo os impactos ambientais.
Os projetos compõem o plano da EDP de investir em inovação e tecnologias renováveis totalmente limpas até 2030. Segundo o CEO da EDP Renováveis, Miguel Stilwell d’Andrade, a tecnologia solar flutuante, na qual a EDP é pioneira global, é um avanço notável na expansão das energias renováveis e no fomento do processo de descarbonização.
De acordo com o executivo, a estratégia de hibridização, unindo água, ventos e energia solar, é o caminho dos investimentos do grupo em energia. Segundo o CEO da EDP, Alqueva é, atualmente, um exemplo de inovação e sustentabilidade que em breve a empresa reforçará com o novo projeto conquistado no primeiro leilão de usina solar flutuante em Portugal.
Empresa planeja construir mais de 60 usinas solares
Recentemente, a EDP anunciou uma parceria global para construir até 100 MWp de energia solar em unidades da Faurecia, empresa do grupo Forvia, na Ásia, Estados Unidos e Europa.
A projeção da empresa é construir, até o fim do próximo ano, mais de 60 parques de energia solar de autoconsumo nas fábricas da multinacional em Portugal, Itália, Espanha, Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Japão e Tailândia.
Os parques devem somar até 200 mil painéis solares, no modelo de Energy as a Service (EaaS), onde o consumidor paga por um serviço de energia sem necessitar investir em uma infraestrutura.
O projeto é o maior empreendimento da empresa quando se trata de energia solar distribuída, e o primeiro a ser instalado com o mesmo parceiro em diferentes continentes ao mesmo tempo.