No Master Talks realizado pela FGV, especialistas discutiram a respeito se seria possível conciliar a economia com a Amazônia.
A palestra envolvendo o tema da Amazônia e economia foram realizadas por Carlos Nobre, climatologista, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP, membro do IPCC em 2007 que recebeu o Prêmio Nobel da Paz naquele ano; e Denis Minev, diretor-presidente da Bemol e co-fundador da PPA (Parceria pela Amazônia). Márcio Holland, professor e coordenador de pós-graduação em Finanças e Economia, será o moderador.
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Os produtos vindos da Amazônia podem Impulsionar a economia
Segundo Carlos nobre, a Amazônia é um dos principais locais onde os agricultores puderam acompanhar de perto frutas que só podem ser extraídas daquele local. Frutas como Buriti, Araçá-boi, Bacuripari, Inajá, Camu-camu, Uajuru, Tucumã, açaí e muitos outros podem inclusive serem extraídos para venda graças a floresta Amazônia.
O climatologista Carlos nobre também discute que o consumo do cacau não começou no México, mas na Amazônia 1.500 anos antes e o cacau pode contribuir para a nossa atual economia.
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O cacau pode ajudar a Impulsionar a economia do Brasil, segundo Carlos nobre
A Produção nacional de cacau movimenta R$ 14 bilhões por ano. O Brasil importa cacau para suprir o que as lavouras brasileiras não conseguem entregar para atender a crescente demanda da indústria. Nos últimos anos, o setor sofreu bastante os efeitos da crise econômica do país e da crise hídrica, que reduziu a safra e impôs maiores custos à indústria por causa da necessidade de importação do produto.
Enquanto as lavouras de cacau brasileiras não retomam a produtividade suficiente para o abastecimento interno, o setor importa a amêndoa de Gana. A expectativa é de que o governo brasileiro volte a permitir a importação do cacau também da Costa do Marfim.
A entrada do produto no Brasil foi suspensa por causa de um carregamento com um tipo de praga típica do país africano e que não existe no território brasileiro. Para garantir a segurança sanitária e certificar o país como habilitado a exportar cacau para o Brasil novamente, o Mapa reavalia a análise do risco de praga da Costa do Marfim.
A ilegalidade na Amazônia não permite crescimento, segundo Denis Minev
Denis Minev iniciou a sua fala no Master Talks da FGV com pontos de destaque para informalidade predominante em várias regiões da Amazônia. “Existem serrarias, pesca, plantações de todos os tipos aos arredores e principalmente móveis feitos de madeira por pessoas da região, mas nada disso é feito legalmente, o Brasil nunca escolheu a Amazônia como prioridade” – diz Denis Minev.
Carlos nobre finaliza falando sobre o projeto amazônia 4.0
O objetivo da iniciativa é fazer negócios a partir da biodiversidade da floresta e investir no desenvolvimento sustentável e em Laboratórios Criativos da Amazônia, que são unidades de capazes de incorporar as tecnologias da 4ª Revolução Industrial para viabilizar a descoberta e o aproveitamento dos ativos biológicos e biomiméticos da Amazônia.
Eles buscam ser pilotos disruptivos que estimulem a criação de biofábricas na região e mobilizem o fortalecimento de um ecossistema empreendedor pautado na agenda da bioeconomia.