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É possível conciliar Amazônia com economia?

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 27/10/2020 às 14:39
Amazônia - economia
Pulmão da Amazônia- fonte: reprodução

No Master Talks realizado pela FGV, especialistas discutiram a respeito se seria possível conciliar a economia com a Amazônia.

A palestra envolvendo o tema da Amazônia e economia foram realizadas por Carlos Nobre, climatologista, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP, membro do IPCC em 2007 que recebeu o Prêmio Nobel da Paz naquele ano; e Denis Minev, diretor-presidente da Bemol e co-fundador da PPA (Parceria pela Amazônia). Márcio Holland, professor e coordenador de pós-graduação em Finanças e Economia, será o moderador.

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Os produtos vindos da Amazônia podem Impulsionar a economia  

Segundo Carlos nobre, a Amazônia é um dos principais locais onde os agricultores puderam acompanhar de perto frutas que só podem ser extraídas daquele local. Frutas como Buriti, Araçá-boi, Bacuripari, Inajá, Camu-camu, Uajuru, Tucumã, açaí e muitos outros podem inclusive serem extraídos para venda graças a floresta Amazônia.  

O climatologista Carlos nobre também discute que o  consumo do cacau não começou no México, mas na Amazônia 1.500 anos antes e o cacau pode contribuir para a nossa atual economia.

O cacau pode ajudar a Impulsionar a economia do Brasil, segundo Carlos nobre  

A Produção nacional de cacau movimenta R$ 14 bilhões por ano. O Brasil importa cacau para suprir o que as lavouras brasileiras não conseguem entregar para atender a crescente demanda da indústria. Nos últimos anos, o setor sofreu bastante os efeitos da crise econômica do país e da crise hídrica, que reduziu a safra e impôs maiores custos à indústria por causa da necessidade de importação do produto.  

Enquanto as lavouras de cacau brasileiras não retomam a produtividade suficiente para o abastecimento interno, o setor importa a amêndoa de Gana. A expectativa é de que o governo brasileiro volte a permitir a importação do cacau também da Costa do Marfim.

A entrada do produto no Brasil foi suspensa por causa de um carregamento com um tipo de praga típica do país africano e que não existe no território brasileiro. Para garantir a segurança sanitária e certificar o país como habilitado a exportar cacau para o Brasil novamente, o Mapa reavalia a análise do risco de praga da Costa do Marfim.  

A ilegalidade na Amazônia não permite crescimento, segundo Denis Minev  

Denis Minev iniciou a sua fala no Master Talks da FGV com pontos de destaque para informalidade predominante em várias regiões da Amazônia.   “Existem serrarias, pesca, plantações de todos os tipos aos arredores e principalmente móveis feitos de madeira por pessoas da região, mas nada disso é feito legalmente, o Brasil nunca escolheu a Amazônia como prioridade” – diz Denis Minev.

Carlos nobre finaliza falando sobre o projeto amazônia 4.0  

O objetivo da iniciativa é fazer negócios a partir da biodiversidade da floresta e investir no desenvolvimento sustentável e em Laboratórios Criativos da Amazônia, que são unidades de capazes de incorporar as tecnologias da 4ª Revolução Industrial para viabilizar a descoberta e o aproveitamento dos ativos biológicos e biomiméticos da Amazônia.  

Eles buscam ser pilotos disruptivos que estimulem a criação de biofábricas na região e mobilizem o fortalecimento de um ecossistema empreendedor pautado na agenda da bioeconomia.  

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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