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Do ouro ao prejuízo: Aposta britânica em mina no interior de Goiás gera série de problemas para mineradora Hochschild

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 11/06/2025 às 21:49
ouro, mineração, britanica
Foto: IA
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Problemas climáticos, falhas técnicas e mudança na liderança desestabilizam projeto de US$ 200 milhões em Mara Rosa (GO)

O que deveria ser um dos maiores marcos da mineração de ouro no país se transformou numa sucessão de problemas para a britânica Hochschild Mining. Localizada em Mara Rosa, no interior de Goiás, a mina entrou em operação este ano, mas já enfrenta um cenário crítico: chuvas intensas, falhas na planta e saída de executivos-chave colocaram o projeto contra a parede.

O impacto é tão sério que as ações da empresa britânica recuaram mais de 20% na Bolsa de Londres — e a meta de produção original, antes estimada em 104 mil onças, foi oficialmente deixada de lado.

Mineração parada, custos nas alturas

A situação se agravou para a britânica com a necessidade de interromper a planta de processamento por seis semanas, por conta de problemas técnicos em filtros mecânicos. A produção, até o fim de maio, somou apenas 25 mil onças de ouro — número muito abaixo do esperado para esse estágio do projeto.

Com a parada emergencial, os custos operacionais subiram, reduzindo margens e gerando incerteza sobre a rentabilidade do ativo no curto prazo.

Baixa na liderança intensifica pressão

Como se não bastasse, a saída do diretor de operações Rodrigo Nunes, um dos nomes centrais da empreitada, adicionou mais instabilidade. O CEO da companhia, Eduardo Landin, precisou assumir interinamente as operações no Brasil enquanto a mineradora busca um substituto e reavalia a estrutura do projeto.

O projeto de mineração da britânica em Mara Rosa exigiu mais de US$ 200 milhões em investimentos e foi viabilizado com a compra da Amarillo Gold, em 2022. Agora, a empresa tenta conter os danos. Analistas já falam em um novo teto de produção entre 60 mil e 71 mil onças — bem distante do planejado.

Embora a companhia insista no potencial geológico da região, o mercado segue desconfiado, e o clima entre os investidores é de cautela.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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