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Localização RS, SC Tempo de leitura 3 min de leitura

Distribuidoras Sulgás e SCGás pretendem ampliar capacidade contratada de gás natural no Gasbol para novos fornecedores desse combustível

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 20/06/2022 às 12:59
Como forma de diminuir a dependência do fornecimento de gás natural nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as distribuidoras Sulgás e SCGás ampliarão a sua capacidade contratada no Gasbol para novos fornecedores do commodity.
Foto: Agência Petrobras

Como forma de diminuir a dependência do fornecimento de gás natural nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as distribuidoras Sulgás e SCGás ampliarão a sua capacidade contratada no Gasbol para novos fornecedores do commodity.

As distribuidoras de gás natural do Rio Grande do Sul, Sulgás, e do estado de Santa Catarina, SCGás, estão, nessa segunda-feira, (20/06), com um olhar voltado para possíveis novos contratos com fornecedores para abastecimento interno no futuro. Isso, pois as empresas pretendem ampliar a sua capacidade contratada no Gasbol, o Gasoduto Bolívia-Brasil, como forma de garantir uma reserva da capacidade para futuros contratos de fornecimento do combustível em ambos os estados.

Capacidade contratada para transporte de gás natural da Sulgás e da SCGás no Gasbol deve ser ampliada, ano após ano, para novos fornecedores do recurso

Além da Petrobras, as distribuidoras do RS e de SC, Sulgás e SCGás, venceram a 3.ª chamada pública do Gasbol, realizada pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) para contratação da capacidade de transporte até 2026 no Gasbol.

Dessa forma, as empresas agora buscam novas formas de diminuir a sua dependência da estatal e, para isso, pretendem ampliar a sua capacidade contratada de gás natural no gasoduto para reservá-la para contratos futuros com fornecedores.

Ambas as empresas destacaram que os seus planos atuais para o Gasbol incluem uma grande reserva da capacidade de transporte, que deve ser expandida ao longo dos próximos anos, para que o abastecimento interno possa ser feito com outras companhias além da estatal.

Para isso, a TGB terá papel essencial, uma vez que a companhia confirmou futuras obras no gasoduto, que permitirão manter a entrega de gás ao Rio Grande do Sul estável, em 1,728 milhão de m³/dia até 2026.

Além disso, o estado de Santa Catarina também será beneficiado com as obras de expansão do Gasbol, uma vez que a capacidade de saída de gás na região crescerá 78% a partir de 2024, de 826 mil m³/dia para cerca de 1,47 milhão de m³/dia. Dessa forma, a companhia de distribuição de gás natural SCGás poderá aproveitar o crescimento na capacidade para diversificar o abastecimento interno com novos contratos, assim como a Sulgás pretende fazer ao longo dos próximos 4 anos de contrato com a TGB. 

Distribuidoras miram agora na diversificação do abastecimento interno de gás natural e buscam novos fornecedores com a expansão do Gasbol.

A instabilidade de comando interno da Petrobras e os conflitos no mercado internacional de óleo e gás fizeram com que diversas companhias do ramo buscassem dinamizar a sua cadeia de fornecimento dos combustíveis.

Dessa forma, as distribuidoras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul também procuram mais segurança no seu abastecimento interno com o aumento da capacidade do Gasbol, enquanto a estatal pretende diminuir a sua capacidade com a TGB ao longo dos próximos 4 anos do contrato. 

E o principal motivo para essa busca por novos fornecedores é o fato de que os contratos entre a Petrobras com as distribuidoras preveem uma curva descendente de fornecimento de gás ao longo dos próximos anos.

Assim, uma fonte de uma das distribuidoras envolvida na chamada pública afirmou: “Compramos uma capacidade complementar [no Gasbol] para, futuramente tentarmos contratar novos supridores. Com isso reservamos uma capacidade de transporte para esses novos fornecedores”.

Agora, a SCGás e a Sulgás aguardam as obras de expansão do Gasbol da TGB na região, que possui um projeto apresentado pela transportadora que visa a ampliação das estações de compressão (Ecomps) de Araucária (PR) e Biguaçu (SC) para garantir mais qualidade no abastecimento dos estados ao longo dos próximos anos.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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