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Desenvolvimento de novos campos offshore vai atrair US$ 36,7 bilhões em investimentos para o mercado de petróleo e gás brasileiro

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 24/05/2022 às 10:39
Petróleo e gás - CPG - offshore - campos offshore - empregos offshore - investimentos - campos offshore
Plataforma da Petrobras operando no campo Marlim Sul, na Bacia de Campos Foto: Divulgação / julho 2012 Foto: Agência O Globo

Novos Campos Offshore serão criados, gerando assim, investimentos de US$ 36,7 bilhões no mercado de petróleo e gás nacional. A retomada do setor acontece após um longo período de pandemia e com influencia da guerra entre Rússia e Ucrânia.

O Brasil deve atrair cerca de 10% dos recursos voltados a novos projetos no setor de petróleo e gás no mundo inteiro até 2025, com uma carteira invejável de novos investimentos em campos offshore. Além disso, o Brasil receberá investimentos na ordem de US$ 36,7 bilhões nesse período, que serão aplicados no desenvolvimento de ativos offshore. O cálculo pertence à Rystad Energy, que ressalta ainda que as operadoras presentes no país sancionaram 10 projetos ao longo de 2021. Para o futuro, uma série de outros investimentos em campos offshore também estão planejados, incluindo o projeto de revitalização de Barracuda-Caratinga, a descoberta de Natator, os FPSOs adicionais em Atapu e Sépia, o projeto Neon da Karoon, entre outros.

Setor de petróleo e gás brasileiro se expande após fim da pandemia

A Rystad também menciona que o impulso sancionador de petróleo e gás no país se expandiu no último ano, após estagnar em 2020, com a chegada da pandemia do Covid-19. Entre os projetos de investimentos aprovados no último ano, estão quatro empreendimentos da Petrobras: Mero 4, FPSOs Búzios 6 e 7 e o FPSO Maria Quitéria. Antes, a estatal brasileira já havia anunciado a sanção de grandes projetos em campos offshore em 2019, incluindo Búzios 5, Mero fase 2 e os projetos de revitalização do campo de Marlim.

Além da Petrobras, as empresas internacionais que atuam no setor de petróleo e gás também contribuíram com investimentos para o crescimento da carteira de desenvolvimentos de novos campos offshore no país. A lista conta com os planos de redesenvolvimento brownfield da Perenco nas áreas de Carapeba, Vermelho e Pargo, aprovados em janeiro do último ano. Enquanto isso, a australiana Karoon está se preparando para o desenvolvimento de Patola.

A norueguesa Equinor está concentrando esforços para seu projeto no campo de Bacalhau, primeiro projeto greenfield não operado pela Petrobras na área de petróleo e gás do pré-sal brasileiro.

Atividades no mercado de petróleo e gás podem continuar positivas nos próximos três anos

A Rystad Energy também antecipa que mais cinco empreendimentos de greenfield do pré-sal serão operados por companhias do setor de petróleo e gás nos próximos dois anos.

Os empreendimentos são os campos offshore Gato do Mato da Shell e Wahoo da PetroRio ainda este ano,e as descobertas de gás Pão de Açúcar, Seat e Gávea da Equinor, no bloco BM-C-33, no final do próximo ano.

A estimativa é que a atividade continue forte nos próximos três anos e meio, com diversos projetos em linha para sanção no setor, incluindo os FPSOs para Búzios 8 e 9, campos offshore da Petrobras em Sergipe-Alagoas Águas Profundas (SEAP) e Berbigão/Sururu Fase 2. 

Gastos com petróleo e gás podem chegar a US$ 11 bilhões ainda este ano

A Rystad ressalta que os gastos com o setor de petróleo e gás da América do Sul devem subir para cerca de US$ 11 bilhões ainda este ano, registrando um aumento de 27% em relação ao ano anterior, por conta dos preços elevados do petróleo, à recuperação da demanda global por petróleo e aos balanços de E&P mais saudáveis.

Sendo assim, este será o maior aumento percentual ano a ano em cerca de 15 anos, contribuindo para a considerável expansão geral de 54% na região de 2020 a 2023, quando os preços devem começar a se tornarem estáveis.

De acordo com a empresa, a estimativa é que um aumento relativamente grande no CAPEX aconteça em um momento de incerteza econômica, dominado pela inflação, aumentando potencialmente os custos para os proprietários que executarão os próximos trabalhos.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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