Guia definitivo de como trabalhar embarcado no ramo de petróleo e ter sucesso
O trabalho embarcado ou offshore é um dos ramos mais almejados por boa parte dos brasileiros, principalmente a população que vive nos estados que cortam o litoral do país. A razão para esta vontade são os salários acima do padrão se comparado ao trabalho em terra, além de escalas de folgas diferenciadas. Mas para conseguir trabalhar neste setor não é nada fácil. É preciso muito estudo, qualificação e conhecimento de qual área você deseja exercer. Nos próximos parágrafos, você saberá de modo categórico e bem explicado como proceder para ingressar nesta indústria.
Mas o que é trabalho embarcado?
O trabalho embarcado é um termo utilizado para atividades industriais ou comerciais no mar, mas como o assunto deste guia é relativo ao setor de petróleo e gás, vamos apenas nos restringir ao tema faco.
Em 1953 a Petrobras foi criada e junto com ela, a necessidade de se obter novas tecnologias e profissões para atividades de exploração de hidrocarbonetos em águas rasas, profundas e super profundas.
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Quais profissionais trabalham neste setor?
Profissionais de engenharia, técnico e profissionalizante do ramo industrial, são os mais requisitados. Isso porque o ramo petrolífero offshore é um seguimento de mercado muito restrito e específico. Algumas profissões que exercemos em terra podemos também desenvolver embarcado. Segue alguns exemplos:
- Eletricistas
- Mecânicos
- Eletrônicos
- Engenheiros
- Hotelaria
- Outros
Outras profissões, além dos citados acima, existem apenas no setor de petróleo e gás, como:
- Sondador
- Técnico ou Engenheiro do Petróleo e Gás
- Deck Pusher
- Tool Pusher
- Driller
- Plataformistas
Quais as formações e qualificações devo ter?
Você deve procurar instituições regulamentadas pelo MEC para se profissionalizar, pois as empresas, principalmente sob exigência da Petrobras, contratam apenas pessoas capacitadas e qualificadas para exercer atividades em unidades tanto offshore quanto onshore. Exemplo de instituições são as escolas federais do Senai e CEFET.
Também se faz necessário ter habilitação para exercer a profissão. Está mesma é emitida pelo CREA( Conselho Regional de Engenharia e Agricultura). Salvo apenas se o profissional obter apenas o curso profissionalizante.
Há também cursos de capacitação de acordo com o tipo de ambiente de trabalho em que você irá desenvolver suas atividades em ambiente offshore. Elas são chamadas de NR’s( Normas Regulamentadoras). Os mais usuais exigidos pelas empresas do ramo de petróleo e gás são:
- NR-10: Segurança em Instalações elétricas
- N-33: Atividades em espaços confinados
- NR-35: Trabalho em altura
Eventualmente, haverá empresas que pedirão outras NR’s, mas com exceção destas que foram citadas acima, as demais são muito raras em termos de exigência.
O CBSP e HUET são cursos obrigatórios de segurança para quem quiser trabalhar offshore, não adianta porque sem eles não há qualquer tipo de possibilidade de você subir em uma unidade offshore. O CBSP têm a finalidade de prover treinamento em caso da necessidade de abandono da plataforma por questões de segurança, incidente ou acidente de qualquer natureza. Já o HUET, é outro treinamento cujo o fim é lhe dar condições de sair de uma aeronave, que em sua maioria são helicópteros, caso o mesmo caia na água por qualquer motivo.
O Irata e o Abendi também estão em alta hoje em dia. Devido a necessidade de executar trabalhos de manutenção em lugares de difícil acesso ou muito alto, esses cursos qualificam o profissional a trabalhar pendurado por cordas. Estas qualificações é um grande diferencial e pode elevar seu salário por conta da periculosidade da função. A diferença do Irata para o Abendi é que o primeiro é internacional, ou seja, você pode trabalhar em qualquer empresas gringa do Brasil e exterior. O Abendi só atende ao mercado brasileiro, apesar da finalidade dos 2 serem as mesmas.
O inglês já deixou de ser um diferencial e pode ser determinante em processos seletivos. Isso porque a maior parte das empresas prestadoras de serviços são multinacionais, e o intercâmbio entre os brasileiros e estrangeiros é através da língua inglesa. O artigo mais detalhado sobre o Inglês não ser mais um diferencial, mas sim uma obrigação, você pode ler com mais detalhes aqui.
Como me candidatar a vagas neste setor?
Trabalhar com petróleo no ramo offshore realmente não é nada fácil, mas é perfeitamente possível. Apesar de restrito e haver muitas variáveis, vou listar alguns métodos a seguir que facilitarão seu ingresso neste mundo:
- No período em que você estiver cursando o técnico ou superior, faça estágios relativo a sua área de atuação. Isso agregará valor ao seu currículo e conhecimento da área.
- Empresas offshore de grande porte têm sites próprios com canais de recrutamento e atualizações sobre cargos em aberto. Vocês podem conferir algumas delas clicando aqui.
- Hoje em dia muitas petrolíferas abrem processos seletivo através de sites de RH , como Linkedin e Vagas. É muito importante que você tenha um perfil nestes 2 portais, ele são os mais utilizados pelas empresas atualmente para triagem de currículos.
- Outro método que gera muita polêmica é ter o famoso “PEIXE”, que é um termo usado para quem tem um conhecido que trabalha em qualquer empresa offshore. Você pode pedir para este conhecido interceder por você ou até mesmo mediar seu ingresso na empresas. A controvérsia deste método é que isso pode tirar a vaga de um profissional realmente capacitado para favorecer outro sem conhecimento algum da área.
- O outro método é ficar de olho no site Click Petróleo e Gás. O portal sempre está de olho nos processos seletivos em andamento, provendo e atualizando profissionais de setor naval, industrial e offshore.
Você se adaptaria a está vida?
Voar – Ao contrário do que muitos pensam, a vida de embarcado não é tão fácil assim. Primeiro você deve vencer o medo de voar, a primeira experiência em um helicóptero pode ser um pouco tensa nas primeiras vezes.
Confinamento – Normalmente a escala de trabalho para quem trabalha neste seguimento é de 15 dias embarcado com turnos de 12 horas e 15 dias de folga. Há pessoas que não se adaptam a ficar confinados em uma ilha de ferro, onde só há o horizonte infinito do mar e longe da família. Para quem trabalha em embarcações no setor naval, esses períodos podem chegar até 28 dias no mar ou mais.
Artigo longo, não? Mas por incrível que pareça, está é a forma mais resumida possível. Espero que este artigo possa ajudar a você a conseguir a sua tão sonhada vaga de embarcado. Não é nada tão profundo, mas já é um “norte” para quem ainda têm dúvidas. Você têm mais algumas dicas que queira compartilhar conosco? Deixe nos campos de comentários abaixo e me marque no assunto digitando “@clickpetroleoegas” que terei prazer em responder a todos.