Copom se reúne amanhã para decidir sobre a Selic. Mercado já precificou um corte. Inflação dentro da meta e ritmo de cortes da Selic em destaque.
A expectativa do mercado é de que o Copom reduza a taxa Selic em 0,50 ponto percentual amanhã. A dúvida agora é sobre o ritmo futuro de cortes nos juros. Já está precificado no mercado um corte de 0,50 ponto percentual, seguindo o ritmo de afrouxamento monetário das últimas três reuniões. Com isso, a taxa básica de juros passa de 12,25% para o patamar de 11,75% ao ano. Se confirmado, a Selic voltará para o mesmo patamar que estava em março de 2022. Nesses últimos 21 meses, a vida da Selic foi emocionante: a autoridade monetária elevou a taxa de juros em mais 2 pp, mantendo-a em 13,75% por um ano. A dúvida agora é até quando o Banco Central deve manter esse ritmo de cortes. Na última semana, o presidente Roberto Campos Neto alertou os mais otimistas de que o jogo da política monetária ainda não está ganho e há incertezas no ambiente. E já deixou o recado: o BC pode rever o ritmo do afrouxamento monetário. No entanto, ele destacou que ainda vê espaço para cortes de 0,50 pp, mas lembra que isso é válido ‘sempre duas reuniões à frente’.
Em janeiro, a Selic deve ser reduzida a 11,25%, indicando a continuidade do afrouxamento monetário pelo Comitê de Política Monetária. A expectativa do mercado é que o Banco Central reduza o ritmo de cortes da Selic devido a dois principais fatores. O primeiro fator é o crescimento da atividade econômica acima das expectativas, sinalizando uma desaceleração mais clara para a economia brasileira. O segundo fator é o risco fiscal que volta para o radar do mercado e do Banco Central, causando incertezas quanto ao cumprimento da meta fiscal. A questão do risco fiscal torna-se um fator de alerta para a política monetária adotada pelo Copom nos próximos meses. ‘Se tivesse que escolher uma palavra para definir 2024 ela seria disciplina permeando os preços à medida que o mercado entender com qual nível de seriedade governo agirá no cumprimento da meta fiscal longo primeiro semestre do ano’, afirma Roberto Simioni economista-chefe Blue3 Investimentos.
Copom mantém a taxa básica de juros em 2,00% ao ano
O Copom, Comitê de Política Monetária do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira, por unanimidade, manter a taxa Selic em 2,00% ao ano. Essa é a menor taxa da série histórica do Banco Central, que começou em 1986. A decisão era esperada pelo mercado, que projeta que a taxa permaneça nesse patamar até o final do ano.
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De acordo com a nota divulgada pelo Copom, o corte de juros para níveis tão baixos tem como objetivo estimular a economia brasileira, que sofre os impactos da pandemia do coronavírus. O afrouxamento monetário busca incentivar o consumo e os investimentos, ajudando a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que a manutenção da taxa básica de juros está alinhada com a meta de inflação estabelecida pelo Comitê. O objetivo é manter o IPCA dentro da meta, que está em 4% para este ano.
Além disso, o Copom ressaltou que o ritmo de cortes da Selic pode ser revisto no futuro, dependendo do comportamento do mercado e do cenário internacional. A queda no preço do petróleo e o risco fiscal são fatores que também influenciam as decisões do Comitê.
Os índices de difusão e os números econômicos da XP Economics mostram que há expectativas positivas para a economia brasileira, apesar dos desafios enfrentados. A atuação do Federal Reserve e as estratégias da Warren Investimentos também têm impacto no cenário econômico nacional.
Diante desse contexto, o Copom se mantém atento ao cenário doméstico e internacional, buscando as melhores estratégias para manter a estabilidade econômica do país. A próxima reunião do Comitê está marcada para o mês de agosto, quando novas decisões sobre a taxa básica de juros serão tomadas.
Fonte: MoneyTimes