Estudo mostra que carregar um carro elétrico no Brasil pode ser até 73,6% mais barato do que abastecer um veículo a combustão. Entenda os números e impactos econômicos dessa comparação.
O Brasil registrou deflação de 0,11% nos últimos 12 meses, segundo dados do IBGE. Esse movimento, aliado à redução de 4,21% no valor da energia elétrica residencial, tornou a recarga de carro elétrico significativamente mais barata do que encher o tanque de um veículo a combustão, conforme noticiado pelo Canal VE nesta quinta-feira.
De acordo com estudo da Volvo, a diferença chega a 73,6% no custo por quilômetro rodado.
Comparação entre abastecimento e recarga
A análise da montadora considerou o preço médio nacional de R$ 0,80 por kWh, conforme informações da Aneel, e o valor médio da gasolina, de R$ 6,17 o litro, segundo a Petrobras.
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- Para abastecer um tanque de 55 litros de um carro a combustão, líder de vendas no Brasil, o consumidor gasta em torno de R$ 339,35.
- Já para carregar totalmente a bateria de 69 kWh do Volvo EX30, um carro elétrico premium, o custo é de apenas R$ 55,20.
Esse contraste deixa evidente como a transição energética também tem impacto direto no bolso do consumidor.
Na prática, a diferença fica ainda mais clara quando se analisa o custo por quilômetro. Um modelo a combustão com consumo de 10 km/litro percorre cerca de 550 km com um tanque cheio, resultando em R$ 0,617 por km rodado.
O Volvo EX30, com autonomia oficial de 338 km aferida pelo Inmetro, apresenta um custo de R$ 0,163 por km. Ou seja, rodar de carro elétrico sai quase quatro vezes mais barato.
Vantagens que vão além da economia
Para Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil, a análise reforça que os benefícios do carro elétrico ultrapassam a questão financeira. Ele destaca que o modelo não apenas reduz despesas diárias, como também traz ganhos ambientais. “O carro elétrico não é positivo só pela economia no valor do quilômetro rodado no bolso do consumidor. Representa um benefício em diversos sentidos, como o fato de não emitir gases de efeito estufa e contribuir indiretamente para a redução da poluição sonora, por exemplo”, afirmou.
Esse cenário reforça o avanço da mobilidade elétrica no país, ainda que a infraestrutura de recarga seja um desafio. A queda nos custos de energia e a diferença crescente frente ao veículo a combustão tornam a transição mais atraente. Além disso, a pressão por sustentabilidade e redução de emissões acelera a adaptação das montadoras e amplia as opções de modelos disponíveis.