Os eventos sobre criação de abelhas em Florianópolis unem pesquisa, sustentabilidade e capacitação técnica, com palestras, oficinas e feira aberta ao público no início de novembro
A criação de abelhas sem ferrão volta a movimentar Florianópolis entre os dias 6, 7 e 8 de novembro, com dois grandes eventos voltados à meliponicultura zootécnica: o 6º Encontro Catarinense de Meliponicultura Zootécnica (ECAMZOO) e o 2º Simpósio Nacional de Meliponicultura Zootécnica, segundo uma matéria publicada.
As atividades acontecem na Epagri e no Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no bairro Itacorubi, e estão com inscrições abertas ao público, incluindo estudantes, criadores, pesquisadores e entusiastas.
A meliponicultura, prática dedicada ao manejo racional de abelhas sem ferrão, ganha destaque crescente no agronegócio e na sustentabilidade urbana, por unir preservação ambiental e geração de renda.
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Em Florianópolis, o tema se transforma em vitrine para inovação e turismo ecológico, fortalecendo a rede de produtores e educadores ambientais da região.
Meliponicultura e educação ambiental como base para o futuro sustentável
O primeiro dia do evento, 6 de novembro, marca a inauguração do meliponário do CCA/UFSC, resultado da parceria entre a universidade e a Sociedade Catarinense de Meliponicultura (Somesc), responsável pela doação das colônias.
A estrutura, aberta à visitação pública, será um centro de pesquisa e aprendizagem sobre criação de abelhas, especialmente voltado à educação ambiental infantil.
Estudantes do ensino fundamental participarão de oficinas práticas, conhecendo o papel das abelhas sem ferrão na polinização e na manutenção da biodiversidade.
A proposta reforça o compromisso da UFSC com o desenvolvimento sustentável e aproxima a ciência da comunidade, estimulando o interesse pelas espécies nativas e pelos meliprodutos derivados, como mel, pólen e saburá.
Essa integração entre academia e sociedade é considerada essencial para ampliar o número de criadores e consolidar a criação de abelhas como atividade econômica sustentável.
Produção de meliprodutos e turismo ecológico em destaque nos eventos
Durante os dias 7 e 8 de novembro, a programação se intensifica com palestras técnicas e oficinas práticas, distribuídas entre os auditórios do Centro de Treinamento da Epagri (Cetre) e do CCA/UFSC.
As palestras abordarão manejo produtivo, legalização de produtos de abelhas sem ferrão, diversificação da produção e o valor nutricional do saburá, conhecido como superalimento.
Nos espaços abertos, oficinas ensinarão técnicas de criação de abelhas voltadas à multiplicação de espécies, identificação e extração de mel.
Em paralelo, a expoFeira de Meliponicultura funcionará no Cetre, na sexta-feira (7), das 12h às 19h, e no sábado (8), das 8h às 18h.
O evento será gratuito e aberto ao público, reunindo produtos artesanais, exposição de colônias e concursos de méis e colônias.
Essa integração entre capacitação técnica e turismo ecológico reforça o potencial da meliponicultura como vetor de renda e conscientização ambiental em Santa Catarina.
Capacitação técnica e avanços científicos na criação de abelhas sem ferrão
O 2º Simpósio Nacional de Meliponicultura Zootécnica, realizado no auditório da sede da Epagri no dia 7 de novembro, reunirá pesquisadores, técnicos e produtores de todo o país para discutir inovações e desafios da criação de abelhas no contexto zootécnico.
O evento terá palestras, mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos, além do Espaço do Meliponicultor, onde profissionais apresentarão suas demandas às autoridades presentes.
As inscrições estão disponíveis no site oficial do evento: meliponicultores e técnicos pagam R$ 50,00, enquanto estudantes pagam R$ 30,00, valores válidos até 6 de novembro.
Às 16h, ocorrerá a aprovação da Carta do Evento, seguida da divulgação do concurso de fotografia e encerramento às 17h30.
Com foco em pesquisa aplicada e troca de experiências, o Simpósio busca consolidar a criação de abelhas sem ferrão como campo técnico e científico estratégico para a sustentabilidade, associando conservação da biodiversidade, geração de conhecimento e fortalecimento do agronegócio brasileiro.



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