Incluindo a Petrobras, uma análise do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo) levando se em conta fonte de dados de instituições públicas e privadas, trazem previsões nada agradáveis para o mercado de petróleo que vinha se recuperando e com perspectivas de crescimento a médio prazo.
A rápida propagação do Covid-19 impactará as economias globais, visto que iniciada na China, a pandemia já alcançou todos os continentes e hoje só faz aumentar as estatísticas de casos e mortes desafiando as autoridades de saúde ao redor de todo o mundo.
A China, por ter sido o primeiro país afetado pela doença, foi também o primeiro que sentiu economicamente a crise. A Agência Internacional de Saúde (IEA, na sigla em inglês), estima que a demanda chinesa por petróleo no primeiro quadrimestre de 2020, seja 1,8 milhão de barris/dia inferior a de 2019. Vale lembrar que a China é a responsável por 16% do PIB da economia mundial e que em níveis globais isto se reflete em impactos diretos na atividade econômica de todos os países.
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Petrobras afetada
Olhando pelo lado da indústria do Petróleo, projeta-se um atraso na entrega de 22 dos 28 FPSO’s encomendados no mundo, sendo que 18 destes FPSO’s dependem de estaleiros chineses e 5 deles pertencem à Petrobras. As paradas de produção e interrompimento do fornecimento de materiais pode chegar a um ano e representará um acréscimo de aproximadamente 30% de atraso nos cronogramas de construção das plataformas.
Outro fator que afetará o mercado brasileiro de petróleo é o fato de que a China (segundo maior consumidor do mundo). Terá o enfraquecimento da demanda chinesa por petróleo e derivados de 10% se comparado a 2018 e o país é o maior comprador de petróleo brasileiro bruto.
A queda de demanda chinesa poderá ser vista no setor de transportes e turismo, com cancelamento de 200 mil voos com consequentemente diminuição no número de passageiros e fretes, paralisação de linhas de produção e quedas de 32% nas chamadas portuárias.
Outro fator que leva a crer que teremos dias difíceis pela frente é a falta de acordo para novos cortes de produção entre a Russia e a Arábia Saudita, que levou ao anuncio de aumento da produção e do desconto no barril por esta última, o que causou a queda do preço para inacreditáveis US $ 25,1.
Enfim, esta falta de acordo da OPEP+ em relação aos cortes de produção e a disseminação do COVID-19 farão com que as instituições tomem ações de revisar para baixo suas projeções de demanda e preço do Petróleo.