Para garantir operação da usina nuclear Angra 3 em 2026, a Eletronuclear e Eletrobras trabalham em plano de aceleração crítica das obras enquanto aguardam aprovação do conselho do PPI
Enquanto define o modelo de negócios para a conclusão da usina nuclear de Angra 3, Eletronuclear apresenta plano de aceleração crítica das obras de montagem eletromecânica da usina, afirmou nesta segunda-feira o presidente da estatal, Leonam Guimarães. Acordo entre Eletronuclear e Westinghouse prevê conclusão de Angra 3 e construção de novas usinas
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De acordo com o executivo, o objetivo da Eletrobras é retomar as obras em outubro de 2021, para atender ao cronograma estabelecido pelo governo, com previsão de início de operação em novembro de 2026.
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“O que se busca atualmente é avançar nas obras civis e montagem eletromecânica com empresas contratadas pela Eletronuclear e mantendo os fornecimentos considerados críticos, de forma que a gente faça esse trabalho ainda este ano, de 2020, para poder efetivamente assinar as obras civis e montagem eletromecânica no início de 2021, para iniciar efetivamente a concretagem e montagem em outubro de 2021, respeitando a entrada em operação em novembro de 2026”, disse Guimarães.
O comitê interministerial do BNDS já elaborou o modelo de negócios, mas ainda depende da aprovação pelo Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI). Segundo ele, essa aprovação estava prevista para março, mas foi adiada devido ao impacto do coronavírus.
O modelo de negócios é fundamental para estabelecer a chamada pública para definição de um eventual parceiro internacional para concluir o empreendimento. Segundo Guimarães, o investimento previsto para concluir a usina nuclear Angra 3 é de 14,5 bilhões de reais.
A Eletronuclear também tem uma dívida da ordem de 19 bilhões de reais relativa à construção da usina nuclear Angra 3.
A aceleração da linha crítica deve consumir 1 bilhão de reais de investimentos do grupo Eletrobras. Este valor faz parte do plano de negócios da estatal de 2020 a 2024.
O executivo informou que a Eletrobras está reavaliando o plano de negócios, devido aos impactos da pandemia, porém mesmo que haja uma mudança nos valores, segundo ele a estratégia em relação à linha crítica deve ser mantida.
As atividades do Programa de Extensão de Vida Útil (LTO) de Angra 1 não foram interrompidas durante a crise do coronavírus.
A evolução dos trabalhos é considerada crucial para a empresa, de forma a garantir o relicenciamento da unidade, na extensão de vida de Angra 1 por mais 20 anos.