Sendo um dos 5 maiores emissores de gás metano, o Brasil se une ao grupo de 103 países que, liderados pelo EUA e UE, planejando reduzir as emissões até 2030.
Um grupo com 103 países se juntou aos esforços liderados pela União Europeia e os Estados Unidos, para que as emissões do potente gás metano fosse reduzida em 30% até 2030. O Brasil se uniu aos signatários do “Compromisso Global de Metano”, antecipou Lourival Sant´Anna, analista de assuntos internacionais da CNN, na manhã desta terça-feira (2). A parceria entre as nações foi lançada ainda nesta terça-feira, durante a COP26. O gás metano é o principal gás de efeito estufa, ficando atrás apenas no dióxido de carbono.
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Redução de gás metano pode ter um impacto rápido no meio ambiente
O gás metano possui um potencial de retenção de calor maior que o dióxido de carbono, entretanto se decompõe mais rapidamente na atmosfera, o que significa que a redução de suas emissões podem ter um impacto mais rápido no controle do aquecimento global.
Na COP26, o presidente dos EUA, Joe Biden, reforçou o compromisso de reduzir as emissões do gás e ainda e afirmou que a medida pode reduzir até algumas doenças respiratórias como a asma.
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De acordo com Biden, na COP26, a redução de gás metano impulsionará as economias, reduzindo gastos de capital para as empresas, reduzindo os vazamentos do gás e capturando o metano para que seja transformado em novas fontes de receita e também criando empregos e renda aos trabalhadores.
Brasil é um dos países que mais emitem gás metano
O Brasil é um dos cinco maiores emissores de gás metano do mundo. A China, Índia e Rússia, que também estão entre os cinco maiores emissores, entretanto, diferente do Brasil, não assinaram o compromisso. Tais países tem seus nomes em uma lista onde estão os principais emissores.
Desde que foi anunciado pela primeira vez, em setembro, a União Europeia e os Estados Unidos trabalham para fazer com que os maiores emissores do gás metano, como o Brasil, se juntassem aos países. Além do Brasil, 60 países se uniram apenas na semana passada, após um “empurrão” diplomático final da UE e dos EUA antes da cúpula da COP26.
Apesar de não compor as negociações da ONU, a promessa de redução da emissão do gás pode ser classificada entre os resultados mais significativos da conferência COP26, tendo em vista seu impacto potencial em conter as mudanças climáticas desastrosas.
ONU afirma que a redução pode evitar 0,3 grau Celsius
Em maio, um relatório da ONU apontou que os cortes acentuados nas emissões de gás metano, ainda nesta década, poderiam reduzir cerca de 0,3 grau Celsius de aquecimento global até 2040.
Deixar de reunir esforços contra as emissões, afastaria o objetivo do Acordo de Paris, de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis industriais e evitar piores impactos das mudanças climáticas.
O corte de 30% do metano seria alcançado com o apoio dos 103 países e cobriria todos os setores. As emissões do gás metano incluem, principalmente, infraestruturas com vazamentos de óleo e gás, agricultura, antigas minas de carvão e aterros sanitários.