O volume de vendas de alumínio chegou a mais de 1,5 mil toneladas em 2021 e fez história no cenário nacional
São Paulo, 10 de maio de 2022 – O setor de alumínio está mais aquecido do que nunca, segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Afinal, foram mais de 1.583,9 mil toneladas vendidas em 2021, o maior montante desde a primeira análise desse mercado, feita em 1972. Isso representa um aumento de 10,9% em comparação ao ano de 2020 e reforça expectativas de investimentos. A CBA é a prova concreta desses números.
Sabe o que é mais interessante? O poder da produção nacional. Pois, desse volume total de alumínio, aproximadamente 1.393,4 mil toneladas, ou seja, 88%, foram fabricados em território nacional, o que representa um aumento de 10,6% em relação aos anos anteriores. Além disso, as importações aumentaram em 12,7%. Esse resultado reafirma o potencial do alumínio nacional, que vai além das barreiras impostas pela crise e consegue crescer exponencialmente e de maneira sustentável.
O consumo de chapas foi o grande protagonista desse feito, com vendas que atingiram a incrível marca de 800,6 mil toneladas, o que representa aumento de 16,2% em relação ao ano anterior. Isso é resultado da maior atividade do segmento de embalagens que, sozinho, acumulou mais de 40% do volume das vendas do alumínio.
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Com excessão do pó e dos cabos de alumínio, todos os produtos domésticos tiveram uma alta no volume de vendas
O volume de vendas dos produtos transformados de alumínio para uso doméstico realmente impressiona. Veja os números:
- Extrudados: 245,8 mil toneladas em 2021, 17,2% a mais que no ano anterior;
- Fundidos: 157,8 mil toneladas, 16,7% a mais que no ano anterior;
- Laminados: 889,1 mil toneladas, 14,9% a mais que no ano anterior;
- Destrutivos: 42,9 mil toneladas, 16,3% a mais que no ano anterior;
- Outros: 41,9 mil toneladas, 25,1% a mais que no ano anterior.
Os cabos e o pó apresentaram uma queda no volume de vendas, mas pouco significante no contexto geral. Confira:
- Cabos: 180,8 mil toneladas, 15,1% a menos que no ano anterior;
- Pó: 25,6 mil toneladas, 5,2% a menos que no ano anterior;
A análise trimestral do consumo doméstico de produtos transformados de alumínio, feito pela ABAL, traz dados muito interessantes, que aponta para uma ótima recuperação do mercado a partir do final de 2020 até o começo de 2021. Veja no Gráfico 1 abaixo.
Note que a pandemia trouxe uma grande queda no volume de vendas e perca de investimentos, principalmente no segundo trimestre de 2020, que marcou o início dessa catástrofe mundial. Contudo, o setor consegue uma recuperação significativa e crescente a partir do terceiro trimestre de 2020.
Segmento de transportes lidera a disparada do percentual, mas o de embalagens ainda apresenta o maior volume de vendas
Diversos segmentos usam o alumínio e tiveram aumento no volume de vendas levando em conta nossa produção nacional. No entanto, o setor de transportes apresentou um aumento de mais de 25% em relação ao ano de 2020. Ainda assim, o grande destaque vai para o setor de embalagens que atingiu a impressionante marca de 638,7 mil toneladas, um valor 9,6% maior que no ano anterior. Confira os valores no Gráfico 2.
Em relação ao desempenho dos principais segmentos consumidores de alumínio, conforme o Gráfico 2, a maioria apresentou crescimento de dois dígitos. A exceção ficou por conta de Eletricidade, que registrou queda de 11,3%, refletindo a redução do consumo do metal nos projetos de linhas de transmissão de energia no país.
Note que o setor de eletricidade foi uma exceção e teve queda de mais de 11% no volume de vendas, em comparação ao ano de 2020. Isso reflete a substituição do alumínio por outros produtos para estruturação das linhas de transmissão pelo Brasil.
A previsão para 2022 é de ampliação da capacidade de produção do alumínio e investimentos para atender as novas demandas
Os especialistas da ABAL estão otimistas e apontam para um aumento ainda maior no volume de vendas para 2022. O que se espera é um aumento de 4,9%, o que significa um total de 1.662 mil toneladas, quebrando o recorde atingido em 2021.
Para isso, o setor deve injetar aproximadamente R$ 30 bilhões até 2025 para aumento da infraestrutura e modernização, além das questões de sustentabilidade. Dessa forma, o setor vai atender a nova demanda de vendas e ainda gerar maior autonomia na geração de energia e diversificar as fontes energéticas, o que contribui para a frente ambiental.
Afinal, quem é a ABAL?
Criada em 1970, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) é um órgão que dá voz a todos os segmentos brasileiros associados à produção do alumínio, desde os fornecedores de bauxita até os recicladores e produtores de alumínio transformado. Além disso, a ABAL elabora relatórios contendo estatísticas que interessam ao segmento e ao crescimento econômico do país, ajudando na compreensão das necessidades do mercado, oferta e demanda e maior atualização dos profissionais.