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Consumo de energia no Brasil bate recordes históricos: 102.810 MW em 2025 e a importância das fontes renováveis como solar, hidrelétrica e eólica

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 25/01/2025 às 21:21
Hidrelétrica operando em capacidade máxima com paisagem montanhosa ao fundo e infraestrutura de energia renovável, destacando a importância das fontes renováveis no Brasil.
Hidrelétrica em plena operação, destacando a contribuição das fontes renováveis, como solar, eólica e hídrica, no recorde de consumo de energia no Brasil em 2025.

Entenda os recordes históricos do consumo de energia no Brasil, os impactos do clima e da economia, e a relevância de fontes renováveis como solar, hidrelétrica e eólica. Além disso, veja os desafios enfrentados por essas fontes e o futuro do setor energético nacional.

Quem esperava uma redução no consumo de energia no Brasil em 2024 vai precisar, sem dúvida, rever suas expectativas. Devido às temperaturas mais altas e ao crescimento econômico acelerado, o consumo energético continua, sem parar, a atingir números surpreendentes. Em 22 de janeiro de 2025, às 14h31, o Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 102.810 MW, o maior pico da história. Esse valor superou, portanto, o recorde anterior de 102.478 MW, registrado em 15 de março de 2024. Esses dados foram apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Crescimento econômico e calor impulsionam a demanda energética

Dessa forma, a previsão de um Produto Interno Bruto (PIB) acima de 3,0% em 2024, somada às ondas de calor intensas registradas entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, tem elevado, cada vez mais, a necessidade de energia no país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de janeiro de 2025 foi um dos mais quentes das últimas décadas. Com isso, a carga média diária também bateu recordes, alcançando 92.985 MW médios, segundo dados do ONS.

Por que a energia solar domina as manchetes?

Por outro lado, apesar de o setor elétrico contar com uma matriz diversificada, as notícias frequentemente destacam apenas o crescimento da energia solar. Essa é uma abordagem que cria, portanto, uma visão parcial do mercado. Em 2024, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) registrou um crescimento de 68% na capacidade instalada da fonte solar. Assim, é possível perceber que fontes igualmente importantes, como hidrelétricas e eólicas, são, infelizmente, ignoradas. Curiosamente, essas fontes não recebem o mesmo destaque na mídia, o que, sem dúvida, levanta questões sobre a visibilidade de tecnologias tradicionais.

A relevância das hidrelétricas no sistema energético

  • Primeiramente, as hidrelétricas, principais responsáveis por equilibrar a demanda elétrica no período noturno, devolvem, ao mesmo tempo, a água doce aos reservatórios, contribuindo para a sustentabilidade. Em 2023, elas foram responsáveis por cerca de 52% da matriz elétrica, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
  • Apesar disso, projetos de expansão hídrica enfrentam desafios, como a demora na construção e o alto custo inicial, conforme apontado em um estudo da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
  • Sob esse aspecto, é importante lembrar que grande parte do território brasileiro é repleto de rios e riachos aproveitáveis. Contudo, esse potencial hídrico continua, infelizmente, subutilizado, especialmente em regiões rurais.

Eólicas: a força do vento subestimada

De maneira semelhante, as turbinas eólicas têm demonstrado alto desempenho, com capacidade instalada de até 4.000 kW por aerogerador. Em 2024, o Operador Nacional do Sistema Elétrico destacou que a energia eólica foi responsável por mais de 13% da geração elétrica total do país. Entretanto, sua implantação é menos comentada, provavelmente devido ao seu porte industrial. Isso ocorre porque, por isso, não atendem às demandas de consumo residencial imediato. Esse fator, somado à falta de incentivo publicitário, acaba limitando, de forma significativa, a presença desse segmento nas manchetes.

Fatos ignorados prejudicam o consumidor e o mercado

Portanto, quando apenas uma parte do mercado energético é divulgada, o público permanece, infelizmente, desinformado sobre as possibilidades e oportunidades do setor elétrico. Essa falta de informação tem, claramente, consequências negativas:

  1. Impacto no mercado de trabalho: Muitas profissões ligadas às energias renováveis são invisibilizadas.
  2. Desconhecimento sobre sustentabilidade: Fontes permanentes, como hidrelétricas, ainda lideram a matriz elétrica brasileira. Contudo, recebem pouca atenção.
  3. Injustiça na cobertura jornalística: A falta de diversidade nas reportagens prejudica, de maneira evidente, o debate sobre o futuro da energia no país.

Energia no Brasil: desafios e soluções

Nesse sentido, os desafios para um setor energético mais equilibrado incluem:

  • Diversificação da matriz: A integração entre fontes tradicionais e renováveis é, sem dúvida, essencial.
  • Incentivo à pesquisa e inovação: Tecnologias mais avançadas podem, de fato, reduzir custos e ampliar a eficiência.
  • Educação e conscientização: Campanhas informativas ajudam a destacar o papel de todas as fontes de energia.

O futuro da energia renovável no país

Por fim, o Brasil tem, indiscutivelmente, um enorme potencial para expandir sua matriz elétrica de forma equilibrada. Essa expansão deve explorar tanto fontes tradicionais quanto tecnologias emergentes. No entanto, é imprescindível que o debate sobre o setor seja conduzido, ao mesmo tempo, com transparência e inclusão. Nesse contexto, é fundamental destacar as contribuições de todas as fontes renováveis para a sustentabilidade e a segurança energética.

Por outro lado, é crucial lembrar que a energia não se limita à luz solar ou ao vento. Hidrelétricas, eólicas e até mesmo termoelétricas têm papéis importantes. Dessa forma, cada uma contribui, portanto, para a robustez do sistema elétrico brasileiro. Assim, uma abordagem mais abrangente é, claramente, a chave para garantir que os consumidores estejam bem-informados. Isso assegurará que o setor continue a crescer de forma sustentável.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação, geopolítica e governo. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo.

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