Entenda os recordes históricos do consumo de energia no Brasil, os impactos do clima e da economia, e a relevância de fontes renováveis como solar, hidrelétrica e eólica. Além disso, veja os desafios enfrentados por essas fontes e o futuro do setor energético nacional.
Quem esperava uma redução no consumo de energia no Brasil em 2024 vai precisar, sem dúvida, rever suas expectativas. Devido às temperaturas mais altas e ao crescimento econômico acelerado, o consumo energético continua, sem parar, a atingir números surpreendentes. Em 22 de janeiro de 2025, às 14h31, o Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 102.810 MW, o maior pico da história. Esse valor superou, portanto, o recorde anterior de 102.478 MW, registrado em 15 de março de 2024. Esses dados foram apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Crescimento econômico e calor impulsionam a demanda energética
Dessa forma, a previsão de um Produto Interno Bruto (PIB) acima de 3,0% em 2024, somada às ondas de calor intensas registradas entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, tem elevado, cada vez mais, a necessidade de energia no país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de janeiro de 2025 foi um dos mais quentes das últimas décadas. Com isso, a carga média diária também bateu recordes, alcançando 92.985 MW médios, segundo dados do ONS.
Por que a energia solar domina as manchetes?
Por outro lado, apesar de o setor elétrico contar com uma matriz diversificada, as notícias frequentemente destacam apenas o crescimento da energia solar. Essa é uma abordagem que cria, portanto, uma visão parcial do mercado. Em 2024, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) registrou um crescimento de 68% na capacidade instalada da fonte solar. Assim, é possível perceber que fontes igualmente importantes, como hidrelétricas e eólicas, são, infelizmente, ignoradas. Curiosamente, essas fontes não recebem o mesmo destaque na mídia, o que, sem dúvida, levanta questões sobre a visibilidade de tecnologias tradicionais.
- China na mira: O polêmico plano de £ 60 milhões do SNP para fábricas eólicas no Reino Unido que levanta temores de segurança nacional
- A construção de um MEGAPROJETO em um país sul-americano: O investimento de £ 1,5 Bilhão que está transformando-o na potência de energia renovável da América do Sul
- China e Arábia Saudita transformam o deserto em potência energética com o maior sistema de armazenamento de baterias do mundo
- A fusão nuclear encontrou o milagre que precisava no caminho para as usinas de energia elétrica comerciais
A relevância das hidrelétricas no sistema energético
- Primeiramente, as hidrelétricas, principais responsáveis por equilibrar a demanda elétrica no período noturno, devolvem, ao mesmo tempo, a água doce aos reservatórios, contribuindo para a sustentabilidade. Em 2023, elas foram responsáveis por cerca de 52% da matriz elétrica, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
- Apesar disso, projetos de expansão hídrica enfrentam desafios, como a demora na construção e o alto custo inicial, conforme apontado em um estudo da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
- Sob esse aspecto, é importante lembrar que grande parte do território brasileiro é repleto de rios e riachos aproveitáveis. Contudo, esse potencial hídrico continua, infelizmente, subutilizado, especialmente em regiões rurais.
Eólicas: a força do vento subestimada
De maneira semelhante, as turbinas eólicas têm demonstrado alto desempenho, com capacidade instalada de até 4.000 kW por aerogerador. Em 2024, o Operador Nacional do Sistema Elétrico destacou que a energia eólica foi responsável por mais de 13% da geração elétrica total do país. Entretanto, sua implantação é menos comentada, provavelmente devido ao seu porte industrial. Isso ocorre porque, por isso, não atendem às demandas de consumo residencial imediato. Esse fator, somado à falta de incentivo publicitário, acaba limitando, de forma significativa, a presença desse segmento nas manchetes.
Fatos ignorados prejudicam o consumidor e o mercado
Portanto, quando apenas uma parte do mercado energético é divulgada, o público permanece, infelizmente, desinformado sobre as possibilidades e oportunidades do setor elétrico. Essa falta de informação tem, claramente, consequências negativas:
- Impacto no mercado de trabalho: Muitas profissões ligadas às energias renováveis são invisibilizadas.
- Desconhecimento sobre sustentabilidade: Fontes permanentes, como hidrelétricas, ainda lideram a matriz elétrica brasileira. Contudo, recebem pouca atenção.
- Injustiça na cobertura jornalística: A falta de diversidade nas reportagens prejudica, de maneira evidente, o debate sobre o futuro da energia no país.
Energia no Brasil: desafios e soluções
Nesse sentido, os desafios para um setor energético mais equilibrado incluem:
- Diversificação da matriz: A integração entre fontes tradicionais e renováveis é, sem dúvida, essencial.
- Incentivo à pesquisa e inovação: Tecnologias mais avançadas podem, de fato, reduzir custos e ampliar a eficiência.
- Educação e conscientização: Campanhas informativas ajudam a destacar o papel de todas as fontes de energia.
O futuro da energia renovável no país
Por fim, o Brasil tem, indiscutivelmente, um enorme potencial para expandir sua matriz elétrica de forma equilibrada. Essa expansão deve explorar tanto fontes tradicionais quanto tecnologias emergentes. No entanto, é imprescindível que o debate sobre o setor seja conduzido, ao mesmo tempo, com transparência e inclusão. Nesse contexto, é fundamental destacar as contribuições de todas as fontes renováveis para a sustentabilidade e a segurança energética.
Por outro lado, é crucial lembrar que a energia não se limita à luz solar ou ao vento. Hidrelétricas, eólicas e até mesmo termoelétricas têm papéis importantes. Dessa forma, cada uma contribui, portanto, para a robustez do sistema elétrico brasileiro. Assim, uma abordagem mais abrangente é, claramente, a chave para garantir que os consumidores estejam bem-informados. Isso assegurará que o setor continue a crescer de forma sustentável.