O Austin FX4, famoso táxi londrino que marcou gerações, hoje encontra-se abandonado em um cemitério, guardando memórias de sua importância para a história da cidade de Londres.
Um cemitério de táxis lendários emerge no interior britânico, revelando a decadência de um dos símbolos mais icônicos de Londres: o Austin FX4. Imagens publicadas nesta sexta-feira pela Urbandoned mostram uma coleção particular de cerca de 50 táxis, esquecidos em meio à vegetação e ao tempo, trazendo à tona reflexões sobre a preservação histórica.
A origem dos táxis modernos
A história dos táxis londrinos remonta ao século XVII, quando surgiram as carruagens “hackney”. Essas eram puxadas por cavalos e atendiam à crescente demanda por transporte urbano. No final do século XIX, os Berseys, os primeiros veículos elétricos, revolucionaram o setor, dando lugar, mais tarde, aos modelos movidos por motores de combustão. Em 1910, os táxis a motor já superavam em número as carruagens tradicionais.
Após a Segunda Guerra Mundial, consolidou-se a tradição de pintar os táxis londrinos de preto. Em 1948, o Austin FX3 chegou às ruas, sendo acontecido em 1958 pelo lendário FX4. Fabricado até 1997, esse modelo consolidou sua presença como o símbolo de excelência dos táxis britânicos.
- É por isso que o motor do carro vibra na partida?
- Ford reduz preços de seus veículos em até 18% na Argentina após medida do presidente Milei
- General Motors cria sistema de demissão peculiar: os 5% piores saem! Modelo tem gerado polêmica
- Montadora dona da Fiat, Citroen, Jeep e outras vai abrir 1500 vagas de emprego no Brasil e lançar marca chinesa no país
O cemitério de FX4
O vídeo divulgado pela Urbandoned revelou um cenário impressionante. A coleção de táxis abandonados inclui exemplares de vários núcleos, rompendo o mito de que todos os táxis londrinos são pretos. Essa tradição nunca foi regulamentada, mas tornou-se uma fantasia. Curiosamente, outras cidades britânicas adotam transferências de núcleos diversos para seus táxis.
O aglomerado acumulado ao redor dos veículos e a extensão dos carros indicam anos de abandono. Os cartões encontrados nos táxis apontam para o ano de 2007, indicando que esses veículos podem ter sido negligenciados por mais de uma década.
Além dos FX4, o cemitério abrigou um Rolls-Royce Silver Spirit, um clássico dos anos 1980. Infelizmente, o luxuoso carro perdeu sua estatueta Spirit of Ecstasy, um detalhe que acentuaria ainda mais o contraste entre luxo e abandono.
Reflexões sobre o futuro
Esse cemitério de táxis não é apenas um depósito de sucata; ele carrega histórias, memórias e a evolução do transporte urbano. O abandono desses veículos icônicos levanta questões sobre a preservação de patrimônios culturais.
Embora as imagens gerem fascínio e nostalgia, também despertam um leve incômodo. A liberdade e o descaso com esses táxis representam, de certa forma, uma negligência em manter viva uma parte importante da história britânica.
Assim, a pergunta que fica no ar é: até onde vai a capacidade da sociedade em preservar o que a define? Talvez, algum dia, esses táxis possam deixar de ser apenas peças de um cemitério e se transformarem em relíquias vivas da memória urbana.