Única praça binacional do mundo, o local simboliza a paz entre Brasil e Uruguai, conectando as cidades de Santana do Livramento e Rivera desde 1943.
No extremo sul do Brasil, um símbolo raro de convivência pacífica entre dois países atrai a atenção de visitantes e moradores.
A Praça Internacional, localizada entre Santana do Livramento, no Brasil, e Rivera, no Uruguai, é considerada a única praça binacional do mundo. Ela representa, desde sua criação, um marco de amizade entre as nações vizinhas.
Convivência além das fronteiras
Inaugurada em 26 de fevereiro de 1943, durante os mandatos de Getúlio Vargas e Alfredo Baldomir, a praça nasceu como resposta à necessidade de fortalecer os laços entre os dois países em um período delicado da história global.
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Em plena Segunda Guerra Mundial, o espaço foi projetado para simbolizar a paz.
Com aproximadamente 55 mil metros quadrados, a praça foi desenhada de forma simétrica.
A construção respeita a topografia local, sendo dividida em três níveis conectados por escadarias e rampas. Cada nível carrega um símbolo importante.
Símbolos de liberdade e fraternidade
No topo da praça, um obelisco de 15 metros de altura chama atenção. Ele foi doado pela maçonaria e representa a liberdade.
No nível intermediário, há uma fonte luminosa, considerada o símbolo da igualdade entre os povos. Já no nível inferior, uma escultura da maternidade, chamada “A Mãe”, obra do artista uruguaio José Belloni, representa a fraternidade.
Esses elementos reforçam o propósito da praça: criar um espaço comum onde brasileiros e uruguaios compartilham valores.
Centro de encontros históricos
A Praça Internacional é o centro da chamada “Fronteira da Paz”. Santana do Livramento e Rivera formam uma conurbação, ou seja, duas cidades vizinhas que crescem juntas.
Famílias com membros de ambas as nacionalidades vivem ali, e o idioma misturado, conhecido como “portunhol”, é comum no cotidiano.
Ao longo das décadas, o local foi palco de encontros importantes. Entre eles, a visita de presidentes como Juscelino Kubitschek e Arturo Lezama em 1957, Fernando Henrique Cardoso e Julio Sanguinetti em 1997, além de Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica em 2010.
Nos últimos anos, autoridades dos dois lados têm se empenhado em revitalizar a Praça Internacional. O objetivo é manter viva sua importância histórica e cultural.
O espaço segue como exemplo de convivência pacífica e respeito mútuo entre duas nações que compartilham muito mais do que uma fronteira.