Veja como o reservatório de Vaca Muerta pode transformar a economia argentina com potencial global
O reservatório de Vaca Muerta está localizado na Patagônia, na Argentina.
Ele é reconhecido desde 2011 como uma das maiores reservas de gás e petróleo não convencional do mundo.
Com o avanço das tecnologias de exploração, especialmente desde 2020, especialistas da YPF e da Rystad Energy destacam o potencial desse campo.
Vaca Muerta reúne, atualmente, características capazes de alterar a dinâmica energética do país sul-americano.
Assim, a Argentina enxerga uma rota de crescimento econômico, impulsionada pelo setor de energia.
Potencial técnico do reservatório destaca a Argentina no cenário internacional
Vaca Muerta ocupa, desde 2023, posição estratégica entre as maiores reservas de gás e petróleo não convencional.
A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos estimou, em 2022, que o campo argentino tem 308 trilhões de pés cúbicos de gás.
No mesmo local, há cerca de 16 bilhões de barris de petróleo recuperáveis.
Esses números colocam a Argentina entre potências como Estados Unidos e China no setor de shale gas.
Com isso, empresas globais intensificaram investimentos na região.
A YPF aponta que Vaca Muerta responde por quase metade do petróleo e 60% do gás natural produzido no país.
Em junho de 2024, o campo passou de 300 mil barris diários, reduzindo importações e beneficiando toda a economia local.
Produção acelerada modifica o cenário energético e reduz custos
A evolução dos projetos, desde 2021, reflete um processo de inovação contínua em Vaca Muerta.
Desde então, o país adota tecnologias de fraturamento hidráulico, usadas nos Estados Unidos, para otimizar a extração.
O aumento da produtividade foi destacado pelo Instituto Argentino de Petróleo e Gás em março de 2025.
Esse avanço trouxe uma redução significativa nos custos operacionais.
A Agência Nacional de Energia Elétrica detalhou, em abril de 2025, que o gás de Vaca Muerta tem preço inferior ao do mercado internacional.
O fornecimento contínuo para Brasil e Chile fortalece a balança comercial argentina.
Os investimentos estrangeiros, liderados por Shell, Chevron e TotalEnergies, crescem de forma sustentável na região.
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Impacto econômico e social movimenta mercados locais e internacionais
Os efeitos da expansão de Vaca Muerta aparecem em vários setores da economia argentina.
O Ministério da Economia, em relatório publicado em maio de 2025, mostrou que o reservatório gerou mais de 70 mil empregos formais em Neuquén.
Ao mesmo tempo, houve aumento nas receitas com royalties e impostos energéticos.
O Banco Central argentino registrou, em junho de 2025, saldo positivo na balança de pagamentos graças ao gás natural liquefeito e ao óleo leve exportados.
A Câmara de Comércio Exterior indica que a diversificação dos mercados compradores amplia a influência argentina em acordos regionais de energia.
A estabilidade econômica do país ficou mais viável, mesmo diante de cenários globais adversos.
Desafios ambientais e tecnológicos continuam no radar dos investidores
Apesar dos avanços, instituições ambientais como a Fundação Ambiente y Recursos Naturales alertam, desde 2023, para os riscos do crescimento acelerado.
Além disso, empresas e autoridades reforçaram, ao longo de 2024 e 2025, práticas sustentáveis para preservar Vaca Muerta.
Por isso, destaca-se o monitoramento constante da qualidade da água e do solo, sempre em acordo com padrões internacionais.
Consequentemente, a YPF comunicou, em junho de 2025, a adoção de práticas modernas para mitigar impactos ambientais.
Assim, especialistas do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás reforçam que a transição energética exige equilíbrio entre produção e preservação.
Dessa forma, a Argentina investe em pesquisas para aumentar a eficiência e, ainda, reduzir a pegada de carbono.
Por fim, o futuro de Vaca Muerta permanece tema central em discussões sobre o abastecimento energético da América do Sul.